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Ministério da Educação deve suspender cronograma de implementação do Novo Ensino Médio

As medidas visam qualificar o atendimento aos estudantes, garantindo o número de vagas que forem necessárias para serem preenchidas nas instituições de ensino do Estado.(Foto: Divulgação)

O Ministério da Educação (MEC) deve suspender a portaria que estipula o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio. Com isso, não deverá haver mudança no formato do Enem 2024, como previsto inicialmente.

Embora os detalhes da suspensão da portaria ainda não tenham sido divulgados, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (3) que as novas diretrizes já implementadas desde 2022 não devem ser cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O modelo do Novo Ensino Médio, vigente há dois anos, promove alterações na grade curricular, aumenta a carga horária, dá possibilidade para formação técnica e profissional e estabelece a oferta de disciplinas optativas em todas as escolas do país.

“(…) Deveremos suspender qualquer mudança no Enem em relação a 2024 por conta dessa questão do Novo Ensino Médio”, disse Camilo Santana.

Neste ano, quando mais alunos passaram a seguir o Novo Ensino Médio, o modelo passou a receber críticas de entidades e mobilizou discussões acaloradas nas redes sociais entre grupos que pediam ajustes e até a sua revogação completa.

Entre outros pontos, as críticas se referem à redução da carga horária dos conteúdos tradicionais e a possibilidade de ampliação da desigualdade entre escolas particulares e públicas diante da dificuldade de implantação do que prevê o Novo Ensino Médio.

Discussões

Também nesta segunda-feira, Camilo Santana disse que “não é só simplesmente chegar e revogar; é preciso discutir [a reforma]”. A pasta já havia se pronunciado sobre o assunto ao dizer que faria uma “ampla pesquisa com toda a comunidade escolar” para “corrigir distorções”.

Na tarde desta segunda-feira, houve uma reunião do grupo de trabalho coordenado pelo MEC que discute mudanças no ensino médio. Segundo Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que estava presente ao encontro, a reunião serviu para debater a consulta pública em andamento sobre o tema.

Ainda de acordo com ele, a possibilidade de suspender a reforma foi negada por Maurício Holanda, secretário de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase-MEC). “Nenhum passo foi dado [sobre a suspensão]”, afirmou o presidente do Consed, que é secretário estadual de Educação do Espírito Santo.

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