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Média de mortes desaba e é a menor em 113 dias

Segundo o vacinabrasil.org, o Brasil já vacinou mais de 74 milhões de pessoas. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

O esforço conjunto entre a vacinação acelerada, que já ultrapassou as 100 milhões de doses, e atuação dos profissionais de saúde fez a média de mortes por covid no Brasil desabar e praticamente decretar o fim da segunda onda, quiçá o início do fim da pandemia. Segundo dados do Conass, a média diária atual é de 1.565 e, apesar de alta, é a menor desde 8 de março, quando no Brasil eram sentidas 1.540 mortes por dia.

Ainda melhor
Outra boa notícia é a queda vertiginosa nos casos. Segundo o painel do Conass, a média de casos caiu para 55,2 mil, a menor em quatro meses.

O que nos espera
Com a média atual de mais de um milhão de doses aplicadas por dia, há expectativa de que as mortes caiam abaixo de mil em algumas semanas.

Quadro atual
Segundo o vacinabrasil.org, o Brasil já vacinou mais de 74 milhões de pessoas, e imunizou mais de 26 milhões com a 2ª dose ou dose única.

Exemplo
Os EUA reduziram casos para 36,6 mil e mortes para 627 por dia, além de vacinar 46,2% da população antes de suspender o uso de máscaras.

Texto ‘super’ fragiliza o pedido de impeachment
O “super impeachment”, afinal, pariu um rato. Na tentativa de encorpar o pedido, que consolida uma centena de outros requerimentos, seus autores acabaram por fragilizar a iniciativa ao citar como “provas” apenas denúncias ou suspeitas. Ativismo e torcida não convertem alegações em provas. Para o impeachment andar, o presidente da Câmara precisa querer, e o deputado Arthur Lira não quer. Por isso, esse pedido juvenil de afastamento de Bolsonaro não deve ser levado a sério na Câmara.

Baixa adesão
Foi mini o ato em defesa do “super”, fragilizando-o ainda mais. Virou um comício de ex-bolsonaristas magoados e ativistas em busca de holofotes.

Começou dividido
Políticos de oposição de fato importantes ignoraram o comício em defesa do “super impeachment”, em Brasília. O “movimento” já nasceu dividido.

Sem novidades
O “super impeachment” é um factoide anti-Bolsonaro, que resume falas e atos do presidente. Nada factualmente novo e acachapante.

Vice leal
O vice-presidente Hamilton Mourão fez declarações equilibradas sobre o desejo da oposição de derrubar o governo, logo ele, que seria beneficiado com isso. Ao menos publicamente, continua leal a Bolsonaro.

Patada atômica
Algo ingênuo, Carlos Wizard acha que seria tratado com respeito, na CPI. Mas desistiu da ideia após ser recebido por Otto Alencar (PSD-BA) assim: “No Brasil, nenhuma riqueza é inocente, sempre tem vícios, deve ser o caso dele”. O senador não se desculpou pela grosseria.

100 milhões de doses
Assim como esta coluna adiantou segunda (28), o Brasil passou ontem a marca de 100 milhões de doses de vacinas aplicadas. Já são 74 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose de vacina.

Aglomeração ‘do bem’?
O Salão Verde da Câmara foi invadido, nesta quarta (20), por dezenas de pessoas tangidas por deputados do PT e Psol. A aglomeração não sofreu reprimenda. Contra Bolsonaro, tudo bem.

No caminho certo
De olho no 5G, estudo do Tribunal de Contas da União sobre a chamada internet das coisas (IoT) identificou medidas acertadas para desenvolver o setor no Brasil, mas vê na rede de conectividade o grande empecilho.

Ajuda no esforço
As 500 mil doses da vacina Janssen já aplicadas, que só requerem uma dose para o efeito completo, fizeram crescer a proporção de brasileiros totalmente imunizados contra a Covid. Já são mais de 0,3% do total.

Ritmo legislativo
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (30) o acordo de livre comércio entre Brasil e Chile no âmbito do Mercosul, que havia sido assinado em 2018, ainda no governo Michel Temer, e muda outro acordo, de 2015.

Na mesma toada
O secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, apresenta nesta quinta os dados do Caged de maio. A expectativa é de mais uma alta nos empregos formais, outra prova da retomada da atividade econômica.

Pensando bem…
… o mundo gira: quem era “contra o golpe”, hoje articula um.

PODER SEM PUDOR

O Papa catarinense
Américo Farias teve 120 mil votos em 2,5 milhões, quando em 1986 se candidatou ao Senado por Santa Catarina. Quatro anos depois, tentaria o governo do Estado pelo PRN, mas ninguém acreditava nas suas chances. Certa vez, ao encontrar em Rio do Sul um candidato a deputado, Alexandre Traple, Farias encheu o peito: “Você está falando com o futuro governador!”. Traple não perdeu a piada, respondendo em italiano: “Piacere, io sono il Papa (Prazer, eu sou o Papa)!…”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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