Quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

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Mundo Médico brasileiro é chamado de “Doutor Milagroso” em Miami

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Dabus é hoje um dos mais respeitados neurorradiologistas intervencionistas dos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

No ramo da medicina, muitos pacientes se queixam, principalmente, do atendimento nos Estados Unidos, onde os médicos lhes dão pouca atenção, são “frios” – e, muitas vezes, “prepotentes”. Dura crítica para uma profissão cuja missão, dizem os médicos antigos, é “curar; se não for possível, melhorar a saúde do paciente, e, em última instância, confortá-lo”.

Nem todos se lembram desse lema, mas é esse senso de ofício que vem destacando o trabalho de alguns brasileiros nos Estados Unidos. Um deles é o Dr. Guilherme Dabus, que três anos atrás, cerca de dois depois de se mudar para Miami, foi chamado de “miracle doctor” (doutor milagroso) por uma paciente que teve cinco episódios de aneurisma cerebral.

Após três aneurismas tratados em 2002, a paciente Olivia Hernandez foi diagnosticada dez anos depois no Baptist Hospital com dois novos aneurismas. O sucesso do procedimento endovascular intervencionista minimamente invasivo de Dabus fez com que ela escrevesse uma carta editorial ao diário local, Miami Herald.

“Esse homem [Dr. Guilherme Dabus] é um médico milagroso. Ninguém acredita que saí dessa tão rápido e tão bem”, escreveu Olivia, com 60 anos na época. “Tantas coisas negativas que ouvimos, queria compartilhar minha história, tão rara. A maioria das pessoas morre de um aneurisma, tive cinco e estou aqui para contar, graças aos grandes médicos de Miami.”

Hoje, aos 38 anos, diretor do Miami Cardiac & Vascular Institute’s Fellowship e Centro de Neurociência do Baptist Hospital, Dabus tem vários trabalhos publicados, é muito premiado e um dos mais respeitados neurorradiologistas intervencionistas dos EUA.

Ele é um de poucos “proctors” nos Estados Unidos, ou especialistas que orientam colegas em um procedimento relativamente novo com “diversor de fluxo”, um tipo especial de “stent”, desenvolvido para o tratamento de aneurismas cerebrais.

“Com o tempo, você basicamente redireciona o fluxo sanguíneo. Em vez de entrar no aneurisma, ele continua no vaso sanguíneo, e porque o fluxo sanguíneo diminui, esse aneurisma forma um trombo que faz com que o sangue não entre no aneurisma”, explica Dabus. “São aneurismas geralmente difíceis de tratar. O médico nos EUA tem que fazer dez casos com supervisão de um especialista antes de poder usar sozinho o dispositivo.”

Mas medicina não foi sua primeira escolha. Dabus pensou em estudar engenharia aeronáutica ou mecânica, mas no primeiro ano colegial no Colégio Dante Alighieri, o paulistano mudou de ideia. “Meu pai é médico, radiologista também”, diz. “Foi minha maior influencia.” Assim, entrou na Faculdade de Ciências Médicas de Santos com 17 anos, em 2000 se formou e fez residência em radiologia na Unicamp.

Ele reside nos Estados Unidos desde 2004. No Baptist Hospital, sua equipe faz cerca de 700 procedimentos anualmente, mais da metade por ele. Os tratamentos que mais realiza são em pacientes com aneurisma cerebral e AVC isquêmico.

Anualmente, há cerca de 800 mil casos de acidente vascular cerebral nos Estados Unidos. É a quinta principal causa de morte no país. Mas segundo as mais novas estatísticas da Associação Americana do Coração, nos últimos dez anos a taxa de mortalidade por AVC caiu em 34%.

O segredo do sucesso? “Trabalhar duro e se dedicar ao máximo a seus objetivos”. Lição para jovens médicos se formando hoje? “O principal é saber seu compromisso com o paciente, com a família, tratar todos sempre com respeito, e não só o paciente, mas também sua equipe, quem trabalha com você”, diz. “Você tem que ter sempre claramente – claro na sua consciência – que você está fazendo aquilo – naquele paciente – porque é necessário, número 1, e que você está fazendo da melhor forma possível dentro de suas possibilidades, – e também ter a humildade de saber quando você não é capaz de fazer aquele tratamento.” (AE)

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https://www.osul.com.br/medico-brasileiro-e-chamado-de-doutor-milagroso-em-miami/ Médico brasileiro é chamado de “Doutor Milagroso” em Miami 2016-01-30
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