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Brasil Médico condenado pelo estupro da sobrinha de 9 anos recebe homenagem de deputado bolsonarista

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Milton Seigi Hayashi foi condenado a 16 anos de prisão

Foto: Reprodução/Instagram
Milton Seigi Hayashi foi condenado a 16 anos de prisão. (Foto: Reprodução/Instagram)

Condenado por estupro de vulnerável, o médico Milton Seigi Hayashi, de 62 anos, foi homenageado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com a Medalha Cinquentenária das Forças de Paz do Brasil. A honraria concedida pela Associação Brasileira das Forças Internacionais da Paz da ONU (Abfip) foi entregue no dia 27 de março, em sessão solene proposta e presidida pelo deputado estadual Capitão Telhada (PP).

A Medalha da Paz destina-se “a premiar e reverenciar o culto aos nobres atributos daqueles que tenham praticado ações meritórias, enaltecedoras do nome da Pátria Brasileira que detentora do Prêmio Nobel da Paz 1988 e 2001, perante as demais nações, e em sinal de reconhecimento aos valores militares, espírito de civismo, preservação da memória e serviços prestados à Pátria”.

Hayashi foi condenado a 16 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 3 de junho de 2024. Ele foi considerado culpado pelo estupro de uma criança de 9 anos, ocorrido em 2022, com o agravante de que a vítima era sua sobrinha. O caso tramita em segredo de Justiça.

De acordo com o advogado de Hayashi , Elber Carvalho de Souza, o médico teria sido alvo de uma acusação motivada por extorsão. Ele nega o crime e frisa que o cliente está recorrendo da condenação em liberdade.

“Em relação ao processo, está em grau de recurso, onde o acusado está provando a sua inocência, perante os órgãos recursais, tendo em vista que é inocente da acusação, onde foi arquitetada a acusação, pelo motivo de não ceder a uma extorsão”, escreveu a defesa.

Questionada a respeito da cerimônia, a assessoria de imprensa da Alesp informou que o evento é de inteira responsabilidade da Abfip, assim como o “item distribuído — Medalha Cinquentenário das Forças de Paz do Brasil — não está entre as honrarias oficiais do Parlamento Paulista”.

“O espaço foi solicitado pelo gabinete do deputado Capitão Telhada (PP) para a realização deste ato solene e a instituição Alesp, por sua vez, apenas cede o local”, comunicou a assessoria da Assembleia em nota.

Já a assessoria do deputado Telhada, que é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que não tem relação com o médico e tampouco sabia da condenação. Além disso, ressaltou que “o evento foi realizado por solicitação da própria associação, que recebeu autorização para uso do espaço legislativo, como ocorre com diversas entidades da sociedade civil”.

“O deputado não tinha qualquer informação ou conhecimento prévio sobre a condenação de um dos agraciados. A presença do parlamentar se deu de forma protocolar, conforme previsto no rito da cerimônia organizada pela associação”, informa a nota enviada pelo parlamentar.

O gabinete do deputado acrescentou ainda que acompanhará todos os desdobramentos do caso, “reforçando seu compromisso com a ética, a responsabilidade institucional e o respeito à população paulista”.

Já a Abfip se posicionou por meio de uma nota em suas redes sociais. A associação afirmou que só tomou conhecimento da ação criminal por meio da imprensa.

“A condenação do homenageado era de total desconhecimento desta instituição, vez que realiza pesquisas e referências de seus indicados antes da aprovação da homenagem pela comissão de outorgas. Contudo, com o fato de o processo estar em segredo de Justiça, não foi possível tomar o conhecimento”, declarou a Abfip.

A entidade pontuou que a condecoração é de inteira responsabilidade da associação e que será instaurado procedimento interno pelo departamento competente para apuração dos fatos. Se as alegações forem comprovadas, pontua, o médico poderá ter a honraria cassada, assim como o diploma da comenda outorgada já foi retido pela Abfip.

“O médico foi indicado pelo departamento de saúde da instituição, após análise de documentos, informações prestadas pelo médico e notícias encontradas em redes sociais, bem como referências apresentadas pelos seus 25 anos de serviços prestados como médico, não se tendo conhecimento do processo criminal”, completa o texto.

As informações são do portal de notícias O Globo.

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