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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2015
Divergências entre médicos, poder público e Justiça estão impedindo a realização de uma cirurgia considerada pela família essencial para a sobrevivência de uma menina de 2 anos e 5 meses.
Jordana Gonçalves vive há mais de dois anos na UTI (unidade de tratamento intensivo) de um hospital em São Paulo.
Ela é portadora de uma má formação do diafragma, já passou por seis cirurgias e vive presa a uma máquina, responsável por sua respiração.
A mãe da menina, Rosinei Gonçalves, 41 anos, luta pela implantação de um marca-passo diafragmático, o que poderá permitir que ela volte a respirar sozinha.
O médico Rodrigo Sardenberg, pioneiro nessa técnica no País, disse que faz o procedimento sem cobrar.
Um empresário doou o marca-passo, avaliado em 556 mil reais. Mas o hospital se nega a realizar o procedimento, sob a alegação de que a operação não terá resultado.
A unidade afirma que uma junta médica concluiu que o marca-passo não terá resultado pois os nervos frênicos, responsáveis por impulsionar os movimentos do diafragma, estão comprometidos.
Resposta.
A direção do hospital afirmou que o caso da paciente foi discutido por equipes própria e dos hospitais Sírio-Libanês e Incor (Instituto do Coração) e concluiu-se pela não implantação do marca-passo.
O hospital disse ainda que não se opõe à transferência de Jordana e que o caso já foi levado à central estadual de regulação, que administra a distribuição de leitos hospitalares, para conseguir uma vaga em uma unidade do Estado.
Procurado, o governo estadual não se manifestou sobre o caso nem sobre as vagas que a mãe da menina teria conseguido nos hospitais Dante Pazzanese e Cândido Fontoura. (Folhapress)