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Brasil Médicos peritos do INSS assinam acordo com o governo federal

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Pelo acordo, a reestruturação remuneratória se dará em duas etapas – em janeiro de 2025 e em abril de 2026. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os médicos peritos previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assinaram acordo com o governo federal, nessa quinta-feira (15). Pelo acordo, a reestruturação remuneratória se dará em duas etapas, sendo a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026. A ampliação da tabela remuneratória passa de 15 para 20 padrões, com acréscimo de dois novos padrões no final da Classe Especial e três novos na inicial da Classe A.

Ainda conforme o acordo, houve reposicionamento do servidor em dois padrões acima do atualmente ocupado. O MGI também se comprometeu em editar ato regulamentando a progressão e a promoção na carreira, uniformizando o prazo para 12 meses.

A tratativa é resultante de negociações realizadas com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O acordo é o 31º firmado pela União com os servidores.

Manifestação

Nessa quinta, profissionais dos hospitais federais do Rio de Janeiro realizaram a Marcha Olímpica para marcar os três meses de greve da categoria. A manifestação teve um percurso de cerca de cinco quilômetros. A greve, que teve início em 15 de maio, é uma resposta ao projeto do governo Lula de dividir o complexo hospitalar federal, cujo orçamento é estimado em R$ 1 bilhão.

O plano do governo prevê a transferência dos hospitais federais do Rio para diferentes gestões. Segundo o acordo preliminar, os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes (Jacarepaguá) seriam entregues à prefeitura do Rio; o Hospital dos Servidores seria fundido com o Hospital Universitário Gafrée e Guinle, sob gestão da Ebserh; o Hospital de Bonsucesso ficaria sob a administração do grupo hospitalar Nossa Senhora da Conceição, do Rio Grande do Sul; e o Hospital da Lagoa seria gerido pela Fiocruz, instituição já presidida por Nísia Trindade. O destino do Hospital de Ipanema ainda não foi definido.

Os servidores federais denunciam que a proposta comprometerá a qualidade do atendimento e o funcionamento das unidades de saúde.

Além disso, a greve demanda uma série de reivindicações: o cancelamento do plano de fatiamento e privatização, reajuste salarial para este ano, realização de concurso público, fim do desabastecimento nos hospitais, pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo, mudança para a carreira da Ciência e Tecnologia e pagamento integral do piso da Enfermagem, entre outros.

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