Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2016
Milhões de pessoas em todo o Brasil foram às ruas celebrar o carnaval nesse fim de semana, apesar dos temores com o surto do zika vírus. Em Recife (PE), a cidade mais afetada pela doença, mais de um milhão de pessoas participaram da festa. Em Salvador (BA), que também sofre com a epidemia, a festa popular também não foi prejudicada. No Rio de Janeiro (RJ), multidões lotaram a Sapucaí para acompanhar os desfiles das escolas de samba ou foram às ruas da cidade para participar dos mais de 500 blocos.
Nos últimos dias, autoridades nacionais e internacionais fizeram recomendações sobre a zika para toda a população, mas especialmente para casais esperando bebês, já que o vírus está ligado à epidemia de microcefalia no País. Em um dos blocos cariocas, no entanto, várias famílias e foliãs grávidas participavam da festa. Uma delas disse que estava, sim, preocupada com o surto e que estava usando repelente. “Mas a vida não pode parar. É carnaval.” Muitas pessoas inclusive usaram fantasias do Aedes aegypti, mosquito que transmite o zika vírus, a dengue e a febre chikungunya.
Olimpíadas
Em vários pontos da capital fluminense, agentes contratados pelo governo e pela prefeitura distribuíam folhetos com informações alertando moradores e turistas sobre os riscos do zika e trazendo medidas para combater o inseto. Esse é considerado o primeiro teste para medir se o medo da contaminação pelo vírus pode afugentar os turistas das Olimpíadas, que acontecerão na cidade entre agosto e setembro. Autoridades e o Comitê Olímpico Internacional enfatizam que o evento ocorrerá durante o inverno, ou seja, quando as condições climáticas são menos favoráveis para a proliferação do mosquito.