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Brasil “Melhor crescer menos do que crescer artificialmente”, disse o ministro da Economia em referência aos governos do PT

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Ministro voltou a mencionar o ‘imposto do pecado’, que incidiria sobre cigarros, bebidas e alimentos processados com açúcar. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

Durante evento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no Rio de Janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nessa sexta-feira (6) que não adianta forçar o crescimento do País. Segundo ele, “é melhor crescer menos do que crescer artificialmente”.

“É melhor, se for o caso, crescer mais baixo”, prosseguiu. “Investir mais em educação, saúde, saneamento. Crescer mais rápido não acontece sem isso, é um crescimento artificial.”

O orçamento de 2019 foi elaborado com uma previsão de crescimento de 2,5%. Após sucessivos cortes na projeção, o Ministério da Economia elevou a previsão oficial para 0,9% no mês passado.

Nesta sexta, Guedes afirmou que o Brasil cresceu artificialmente nos anos de 2009 e 2010, durante o segundo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

“Bota os juros mais baixos, bota o governo para criar mais emprego, rápido. Depois sabemos o que acontece. Inflação foi embora para dois dígitos, começou a confusão. Brasil caiu, teve impeachment. Então, não adianta forçar”.

O ministro participou do evento “BNDES com ‘S’ de Social e de Saneamento”, com a presença do presidente da instituição, Gustavo Montezano, da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e dos governadores do Acre, Alagoas e Amapá.

Ele relacionou a queda dos juros longos à aprovação da reforma da Previdência e afirmou que, segundo cálculos do governo, as despesas com os juros da dívida pública em 2020 vão cair em R$ 96 bilhões.

“Recurso que estava aí […] paraíso dos rentistas”, criticou. “Para que criar emprego se pode ganhar 100 bilhões de dólares todo ano só aplicando em título público? É uma deformação completa.”

Guedes também voltou a defender a desindexação dos recursos públicos e maior autonomia para governadores e prefeitos alocarem os investimentos. Disse, ainda, que investidores estrangeiros têm muito interesse em aplicar no saneamento no país e que este é o  legado que o novo BNDES quer deixar.

Guedes voltou a criticar a antiga política dos campeões nacionais, atrelada às administrações petistas, e afirmou que o governo está “despedalando” os bancos públicos. “Ninguém pode virar campeão mundial bombado pelo governo”, alertou.

Democracia

Quase duas semanas após afirmar a jornalistas que não se assustem “se alguém pedir o AI-5”, Guedes dedicou parte de sua fala para defender que a democracia brasileira (“resiliente, brilhante e forte”) funciona normalmente:

“A gente está vendo as instituições brasileiras robustas, se aperfeiçoando. É um sistema vibrante. E, dentro disso tudo, um presidente e um Congresso que estão apoiando as reformas”.

Damares

Guedes foi seguido pela ministra Damares Alves, que abriu sua fala afirmando que o economista é seu ministro preferido. Ela justificou a sua própria presença no evento com a ideia de o saneamento é um direito humano.

“Não posso falar de direito de minorias, da mulher, e esquecer o direito ao saneamento […] Tem maior violência contra uma mulher de ver seu filho agonizando no colo com dores por causa de hepatite?”

Por fim, Damares pediu desculpas por ser a “ministra exagerada”, afirmando que “alguém tem que ser exagerado” no governo federal.

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