Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2019
Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, a menina de 5 anos morta por bala perdida na terça-feira (12) em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, chegou a confortar a mãe na hora do disparo.
“Mesmo caída no chão, ela dizia: ‘Mãe, não chora, não, mãe'”, lembrou a tia-avó Daise da Costa. A garota estava indo para a escola com a mãe, de bicicleta, quando três homens armados e encapuzados saíram de um carro atirando, na Praça da Cohab.
O alvo dos atiradores era Davi Gabriel Martins do Nascimento, de 17 anos, que também morreu. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga a hipótese de milicianos terem acertado Ketellen quando tentavam atingir Davi. “A Jessica [mãe] ficou desesperada quando viu a menina caída no chão com a perna ensaguentada”, contou Daise.
A mãe de Ketellen não se feriu e levou a filha para a UPA do Jardim Novo, em Realengo. No fim da tarde, ela foi transferida para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde foi operada.
Depois da cirurgia, o quadro se agravou, e a menina morreu no fim da noite. “Os vizinhos ajudaram a socorrer, mas ela perdeu muito sangue”, disse a tia-avó, que é copeira e estava no trabalho quando soube do ocorrido na Cohab.
Execução
Pai de Ketellen, o pintor Augusto de Oliveira Gomes afirmou que um dos atiradores fez um sinal quando viu que a garota tinha sido atingida. “A sensação que a gente tem é de pegar o maluco que fez isso e fazer pagar da mesma forma. Minha filha tinha só 5 anos”, lamentou Augusto.
Witzel lamenta morte
O governador do Rio, Wilson Witzel, fez um post em rede social nesta quarta-feira (13) lamentando a morte de Ketellen. “Lamento a morte da menina Ketellen, em Realengo, vítima de tiroteio entre bandidos. Determinei à Polícia Civil a apuração rigorosa desse crime e dos outros que atingiram seis crianças neste ano”, escreveu ele.