Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2015
A menopausa, fase difícil para muitas mulheres, pode ter uma complicação a mais: o ganho de peso. Alterações no corpo feminino, se não forem acompanhadas por uma mudança nos hábitos, podem resultar em quilos a mais anualmente. Durante a fase reprodutiva, as mulheres produzem em grande quantidade hormônios femininos, o estrogênio e a progesterona, e em menor volume o masculino, a testosterona.
Depois da menopausa (marcada a partir de um ano da última menstruação), no entanto, a produção do hormônio feminino termina, continuando apenas a do masculino. “Esse hormônio interfere no metabolismo da insulina, e a mulher deixa de queimar gordura na velocidade que estava queimando”, alerta o ginecologista Carlos Dale.
Pouco sono, menor queima de calorias.
Outras alterações reforçam o problema. Uma delas é causada por um dos principais sintomas da menopausa, o calor, que interfere no sono. “Se a mulher tem um sono superficial, não descansa. Acorda cansada, sem disposição, queimando menos calorias”, explica. O lado psicológico influencia. A falta de hormônios pode levar a doenças como depressão e insônia, que diminuem a vontade de fazer exercícios e ainda pode aumentar o apetite. “Ela joga a ansiedade em alguma coisa.”
Por isso, mudanças na atividade física e nos hábitos alimentares são importantes para evitar o ganho de peso. “O metabolismo vai ficando mais lento. Precisamos comer menos e queimar mais calorias”, afirma o ginecologista.
Outra opção é utilizar a reposição hormonal. “Ela vai manter o equilíbrio que havia antes”, relata Dale. Quem já teve um câncer ginecológico (no útero, ovário ou mama) ou tem histórico de trombose, contudo, não pode utilizar esse método. (AD)