Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2023
Entre tantas especificidades e características do corpo feminino, a menopausa é um estágio na vida da mulher que marca o fim da menstruação e, consequentemente, o fim da sua capacidade reprodutiva. Este período é marcado por sintomas físicos como irregularidades menstruais, menstruações escassas, hemorragias e outros sinais.
A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual da mulher. É um evento fisiológico natural e não uma doença, ao contrário do que os sintomas podem dar a entender. Assim como na adolescência, a oscilação de hormônios provoca uma avalanche de mudanças no corpo, já que ele está embarcando em uma fase não reprodutiva, em que os ovários param de funcionar.
Ela ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando acontece antes dos 40, é chamada de menopausa prematura ou precoce; quando depois dos 55, é tardia.
O importante, na opinião de especialistas, é estar atento às características deste período. “Quando sabemos as modificações pelas quais vamos passar, enfrentamos melhor e sabemos o que fazer. O ginecologista deveria preparar a mulher para as alterações que vêm com a menopausa”, diz a médica ginecologista Helena Hacul, que é professora de Saúde da Mulher na Faculdade de Medicina Albert Einstein.
Climatério
Você provavelmente já ouviu falar em climatério. Ao contrário do que pensam, ele não é a mesma coisa que a menopausa. Na verdade, o climatério é um período de transição que engloba a fase pré e pós-menopausa. Pode durar vários anos, até que a menopausa se encerre.
“O climatério é o momento que antecede a menopausa. Muitos confundem este período porque as mulheres estão jovens e ainda estão menstruando. Ele pode acontecer até 8 anos antes da parada da menstruação. Ele não indica uma ausência de ciclo. O que ocorre são oscilações no ciclo menstrual que pode aumentar o volume, diminuir o volume, tornar-se irregular. E isso acontece à medida que os anos vão passando”, explica Eliana Teixeira, médica pós-graduada em endocrinologia.
Os sintomas deste período, assim como na menopausa, são consequências da perda hormonal e pode começar muitos anos antes da última menstruação, causando uma série de mudanças físicas no corpo da mulher.
Principais sintomas
Irregularidades menstruais – Isso pode incluir períodos mais leves, mais pesados, mais frequentes ou mais espaçados.
Ondas de calor – Súbitos sentimentos de calor que podem afetar o rosto, pescoço e peito, muitas vezes seguidos de suores frios. Segundo a médica Helena Hacul, as ondas de calor são um dos sintomas mais recorrentes da queda de produção de estrogênio pelos ovários e é relata por 70% das mulheres no climatério, em intensidade e frequência variáveis.
Suores noturnos – Semelhantes às ondas de calor, mas ocorrem durante a noite, muitas vezes causando distúrbios no sono.
Insônia – Dificuldade em adormecer ou manter o sono devido a suores noturnos ou outras razões. É um problema que afeta 60% das mulheres nesta fase da vida.
Mudanças de humor – Variações de humor, irritabilidade, ansiedade e até depressão são comuns.
Alterações vaginais – O ressecamento vaginal pode causar desconforto durante as relações sexuais e aumentar o risco de infecções do trato urinário.
Ganho de peso – Alterações hormonais podem levar ao ganho de peso, especialmente na região abdominal.
Secura na pele e cabelos – A pele pode ficar mais seca e os cabelos mais finos e quebradiços.
Para aliviar os sintomas, é importante que as mulheres busquem um estilo de vida saudável, tomando conta da alimentação, além de praticar exercícios físicos com frequência. Conversar sobre o assunto (principalmente com especialistas e outras mulheres) também pode tornar o período mais fácil de lidar.