Coordenador técnico da transição de governo, o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) confirmou nesta quarta-feira (7) que o atual Ministério da Economia deve ser repartido em três ministérios distintos no novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
- Ministério da Fazenda;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC);
- e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
A informação foi confirmada em uma coletiva após reunião entre Mercadante e o grupo técnico de Indústria, Comércio e Serviços. Na prática, a decisão recria ministérios que existiram nas gestões anteriores do PT. “Primeiro, nós tínhamos Ministério da Fazenda, MDIC e MPOG. Essas estruturas vão voltar a existir, tá certo? O Brasil era muito mais eficiente e tinha políticas muito mais competentes com essa distribuição, [melhor] do que você pegar e jogar tudo na Economia”, disse Mercadante.
Na última semana, o integrante da transição na área econômica, Nelson Barbosa, já tinha antecipado a intenção da equipe de transição em desmembrar o atual Ministério da Economia em três pastas.
Fim do ‘superministério’ da Economia
No governo Jair Bolsonaro, as pastas foram unificadas no Ministério da Economia, comandado durante os quatro anos pelo ministro Paulo Guedes – a quem Bolsonaro chamava de “posto Ipiranga” e atribuía “autonomia” nas decisões.
Até mesmo os ministérios do Trabalho e da Previdência Social foram unificados, inicialmente, sob o guarda-chuva de Guedes. Em 2021, essas áreas foram destacadas como um segundo ministério.