Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2017
Os analistas das instituições financeiras voltaram a reduzir as suas estimativas de inflação para 2017 e 2018. As previsões, coletadas pelo BC (Banco Central), foram divulgadas nesta segunda-feira (03) por meio do Boletim Focus.
Para o comportamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2017, o mercado baixou a sua previsão de 3,48% para 3,46%. Essa foi a quinta queda seguida do indicador. Com isso, manteve-se a expectativa de que a inflação oficial do País neste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia).
Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar neste ano entre 3% e 6%. Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação caiu de 4,30% para 4,25% na quarta redução consecutiva. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.
PIB, taxa de juros e câmbio
Para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2017, o mercado financeiro manteve a sua estimativa de crescimento estável em 0,39%. Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do País, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para 2018, os economistas das instituições financeiras baixaram a sua estimativa de expansão da economia de 2,10% para 2%. O mercado financeiro manteve a sua previsão para a Selic em 8,5% ao ano no fechamento de 2017. Ou seja, os analistas continuam estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano.
Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic recuou de 8,5% para 8,25% ao ano. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 subiu de R$ 3,32 para R$ 3,35. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar ficou estável em R$ 3,40. (AG)