Domingo, 02 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2017
Os economistas do mercado financeiro estimam um comportamento melhor para a inflação neste ano e também uma alta maior do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017. As expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco Central e divulgadas nesta segunda-feira (24) por meio do Boletim Focus.
Para o comportamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2017, que mede a inflação oficial do País, o mercado baixou sua previsão de 4,06% para 4,04%. Foi a sétima redução seguida do indicador. Com isso, manteve a expectativa de que a inflação deste ano ficará abaixo da meta central, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o País ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa, que acabou se espalhando pelo mundo. Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação recuou de 4,39% para 4,32%. O índice está abaixo da meta central de inflação para o período (4,5%) e também do teto de 6% fixado para o ano que vem.
PIB, taxa de juros e câmbio
Para o PIB de 2017, o mercado financeiro elevou sua estimativa de crescimento de 0,40% para 0,43%. Em 2016, o PIB brasileiro caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão da história do País, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão do PIB estável em 2,50%.
O mercado financeiro manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,5% ao ano no fechamento de 2017 – ou seja, continua estimando novas reduções de juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano. Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic continuou em 8,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.
Na edição desta semana do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,23. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 3,40 para R$ 3,38. (AG)