Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2016
A maioria dos investidores prevê que o BC (Banco Central) vai reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira nesta semana, mas há dúvidas sobre o tamanho do corte e, portanto, a velocidade do ciclo de redução dos juros que pode se iniciar.
A taxa Selic, hoje em 14,25% ao ano, será analisada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na reunião que prossegue até a noite de quarta-feira (19). Se for confirmado, o corte da taxa será o primeiro desde outubro de 2012. A maior parte dos analistas do mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual, mas há quem veja espaço para uma redução ainda maior, de 0,5 ponto percentual.
Levantamento da agência Bloomberg com 55 economistas e instituições mostra que 33 esperam uma redução de 0,25 ponto percentual e outros 19 projetam corte de 0,5. Apenas três preveem a manutenção da taxa no nível atual. As previsões do mercado se baseiam nos sinais de desaceleração da inflação e avanço da medida proposta pelo governo para ajustar suas contas e frear o crescimento das despesas públicas, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados.
No mercado de juros futuros, onde se negociam contratos para obter proteção contra flutuações das taxas, os preços indicam que muitos investidores apostam em um corte de 0,5 ponto nesta semana. Contratos com vencimento em janeiro de 2017 foram fechados nesta segunda-feira (17) com taxa equivalente a 13,637% ao ano, indicando uma aposta na queda da Selic para 13,5% no fim do ano.
Segundo o boletim Focus do BC, que coleta previsões de economistas do mercado, a maioria espera um corte de 0,25 ponto nesta semana e outro de 0,5 em novembro, quando o Copom voltará a se reunir para avaliar o cenário econômico e a taxa de juros.
As taxas no mercado de juros futuros vêm caindo desde meados de setembro, quando surgiram sinais de que a inflação começou a desacelerar. A taxa Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a oferta de moeda na economia e frear a inflação. (Folhapress)