Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2020
Analistas passaram a prever queda de 6,10% da atividade econômica este ano, ante recuo de 6,50% na semana passada
Foto: ReproduçãoOs economistas do mercado financeiro voltaram a melhorar as estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2020. A projeção passou de uma retração de 6,50% para 6,10%.
Os números fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo BC (Banco Central). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
A expectativa para o nível de atividade foi medida em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia global e colocado o mundo no caminho de uma recessão.
Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminariam no fim de maio.
O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional) estima um tombo de 9,1%. Em 2019, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB cresceu 1,1%.
Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira. Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%.
Aumento na projeção de inflação
Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação em 2020, de 1,63%, para 1,72%. A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% neste ano.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Novo corte nos juros
O mercado também manteve a previsão de um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic, que atualmente está em 2,25% ao ano. A previsão dos analistas é de que a taxa caia para 2% até o fim de 2020. Para o fim de 2021, a expectativa permaneceu estável em 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.