Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2023
Ao menos 20 dos 106 estabelecimentos do Mercado Público de Porto Alegre estarão abertos ao público entre as 10h e 16h deste domingo (6), incluindo restaurantes. A novidade resulta do novo regimento interno, que agora possibilita aos permissinários do mais tradicional centro de compras da cidade a opção de funcionamento durante todos os dias da semana.
De acordo com a Secretaria de Administração e Patrimônio (Smap), a segurança no entorno será reforçada pela Guarda Municipal e Brigada Militar. Outra medida é a liberação do estacionamento no Largo Glênio Peres e áreas próximas.
O titular da pasta, André Barbosa, ressalta que essa alternativa é uma demanda antiga manifestada por muitos cidadãos: “Essa abertura passa a ser uma nova atração para moradores e turistas e moradores da capital gaucha”.
A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Júlia Tavares, acrescenta: “Além de mais uma opção turística e gastronômica, a inicuiativa proporciona maior renda para os empreendedores”.
Também não faltam elogios por parte da presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Adriana Kauer: “Para os permissionários, o que tem sido feito é muito bom. A abertura aos domingos será uma grande experiência para verificar a aceitação popular ”.
De segunda a sexta-feira, o Mercado Público funciona das 7h30min às 19h. Aos sábados o horário vai das 7h30min às 18h, ao passo que o novo expediente dominical – conforme mencionado – será realizado das 10h às 16h, não sendo obrigatória a abertura por parte dos comerciantes.
153 anos de história
O Mercado Público teve sua pedra fundamental lançada em 1864, sendo inaugurado apenas em 1869, no tempo em que o Brasil ainda era uma monarquia e mantinha pessoas escravizadas.
Em 1913, a construção foi ampliada para dois pavimentos, ainda sem a cobertura do pátio central, e sua fachada recebeu elementos arquitetônicos e ornamentais ecléticos.
Ao longo das décadas, a estrutura sobreviveu a pelo menos quatro grandes incêndios (1912, 1976, 1979 e 2013), bem como à grande enchente de 1941.
E por pouco não foi demolida, no começo da década de 1970, por um plano esdrúxulo do então prefeito Telmo Thompson Flores e que previa a passagem de uma avenida pelo local. A ideia não vingou, graças a uma mobilização popular com apoio de parte da imprensa e de outros segmentos.
O prédio em estilo eclético com forte influência neoclássica foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre em 1979. Já no período de 1990 a 1997, passou por um amplo processo de restauração, resultando em uma combinação harmônica entre sua antiga configuração e elementos mais modernos, incluindo uma nova cobertura.
(Marcello Campos)