Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2015
A atriz Meryl Streep balançou de verdade ao ler o roteiro de “Rick and the Flash – De Volta para Casa”, que estreia no Brasil em 10 de setembro. “Mal podia acreditar que alguém faria um filme sobre uma banda de rock onde todos têm mais de 65 anos”, disse a estrela. E foi como ela se viu no palco, ao lado do cantor e compositor australiano Rick Springfield, cantando “American Girl”, de Tom Petty, e “Bad Romance”, de Lady Gaga, e tocando guitarra.
Sim, é a voz vencedora de três Oscar que você ouve num bar da Califórnia. Ela usa trança e botas de couro decrépitas, personificando dos pés à cabeça a vocalista de rock que jamais teve sucesso, que abandonou o marido (Kevin Kline) e três filhos para perseguir uma turnê que nunca se materializou. “Ela não quis que fosse simulado, o que é raro no caso de um filme. Normalmente, usaríamos playback. Ela tem 11 números musicais. Tudo o que sei é que quando concordou em fazer o filme ela não tocava guitarra. Alguns meses depois, apareceu pronta para tocar”, afirmou a roteirista Diablo Cody.
O diretor Jonathan Demme prometera a Meryl que ela cantaria três músicas, no máximo. “Na faculdade, aprendi três acordes. Consegui tocar Joni Mitchell, em ré, num violão”, disse Meryl, que dominou a guitarra. “Foi terrível, eu lhe digo, era um desafio. Fui boba. E pensei, ‘consigo fazer’. Se for a fundo e trabalhar como devo, vou conseguir. Perguntei se era assim mesmo e Rick respondeu que fazia parte. Felizmente, todo os meus calos agora desapareceram.”
Rick Springfield, por ele, levaria Meryl em suas turnês. “Foi muito corajoso o que ela fez, tocar guitarra, um instrumento tão difícil. E ela canta junto, ao mesmo tempo que interpretava a personagem. Espero que as pessoas percebam como isso é difícil. E que extraordinária atriz ela é para realizar tudo”, declara.
Apesar disso, Meryl rechaça comparações com astros do rock da atualidade. “Para quem ridicularizar o trabalho, fazendo comparações com as atuais estrelas do rock, quero lembrar que não pretendo nem chegar perto de Lady Gaga. Ela é que tem uma enorme musicalidade. Eu faço um karaokê adequado. Cantar rock foi uma loucura. Ele é muito criativo. Ele é a maior contribuição para o filme. Além do que, é belíssimo.” (AE)
Confira o trailer do filme: