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Brasil Mesmo com a alta do dólar, os gastos de brasileiros no exterior subiram quase 9% no primeiro semestre

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Gasto dos estrangeiros no Brasil ficou em US$ 429 milhões. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Apesar da alta do dólar, que em maio subiu 7,35% ante o real, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 1,615 bilhão no mês passado, informou nesta segunda-feira o Banco Central. No semestre, gastos subiram 9%. Em abril, os gastos foram de US$ 1,538 bilhão, o que representa uma alta de 5%. No mesmo mês do ano passado, o avanço foi de quase 8%. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 429 milhões no mês passado.

A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em maio. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,187 bilhão. Em igual mês de 2017, o déficit nessa conta foi de US$ 1,077 bilhão.

No ano, o saldo líquido dessa conta está negativo em US$ 5,224 bilhões. Para 2018, o BC estima um déficit de US$ 17,3 bilhões para esta rubrica, mais que os US$ 13,192 bilhões de déficit registrados em 2017.

Investimentos

Os IDP (Investimentos Diretos no País) somaram US$ 2,978 bilhões em maio. O resultado ficou dentro das estimativas, que iam de US$ 2,618 bilhões a US$ 5,104 bilhões, com mediana de US$ 3,000 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de maio indicaria entrada de US$ 3,0 bilhões.

No acumulado do ano, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 23,344 bilhões. A estimativa do BC para este ano, atualizada em março, é de IDP de US$ 80,0 bilhões.

No acumulado dos 12 meses até maio deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 61,790 bilhões, o que representa 3,07% do PIB (Produto Interno Bruto).

Transações correntes

Após o superávit de US$ 620 milhões em abril, o resultado das transações correntes ficou positivo em US$ 729 milhões em maio deste ano. A instituição projetava para o mês passado superávit em conta de US$ 2,5 bilhões. O resultado efetivo de maio foi pior que o superávit de US$ 2,751 bilhões verificado em maio do ano passado.

O número do mês passado ficou dentro do levantamento, que tinha intervalo de superávit de US$ 200 milhões a superávit de US$ 2,100 bilhões (mediana positiva de US$ 939 milhões). A estimativa atual do BC, atualizada em março, é de que o rombo externo de 2018 seja de US$ 23,3 bilhões.

A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 21,972 bilhões em maio, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 13,623 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 13,431 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em US$ 1,617 bilhão. No acumulado de 2018, o rombo nas contas externas soma US$ 4,022 bilhões.

Já nos 12 meses até maio deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 13,040 bilhões, o que representa 0,65% do PIB. Este porcentual de déficit ante o PIB é o maior desde agosto do ano passado (0,69%).

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