Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2021
Segundo pesquisa do Instituto Escolas Exponenciais, 21% dos pais estão avaliando a possibilidade de trocar seu filho de escola no próximo ano. Destes, 41% devem procurar escolas com mensalidades mais baratas e 40% pretendem negociar o valor da mensalidade na escola atual, antes de tomar uma decisão. E uma pequena parcela, de 1,7%, estuda ainda tirar os filhos da escola particular para o ensino público.
O levantamento foi realizado entre agosto e setembro, em 500 escolas privadas de ensino infantil ao médio, distribuídas em 200 cidades de 25 estados do País.
De acordo com a pesquisa, de 2020 para 2021, 39% das escolas tiveram redução de matrículas. Destas, mais da metade (56%) foram geradas por problemas financeiros dos pais.
As escolas relataram, no entanto, que o nível de inadimplência caiu pela metade. No ano passado, chegou a 22%. Este ano, está em 10%. Essa redução aponta também melhora para a continuidade das atividades de muitas instituições que passaram por dificuldades desde o início da pandemia.
De maneira geral, embora a questão financeira seja determinante, o estudo também apontou outros fatores relevantes para a decisão dos pais em buscar uma nova instituição de ensino. Entre os quais, a proximidade entre casa, trabalho e escola, o relacionamento com os profissionais que atuam diretamente com as crianças e o tratamento impessoal ou falta de atenção com os filhos.
Presencial
O estudo do Instituto Escolas Exponenciais apontou ainda que a taxa média de ocupação nas salas de aula está em 63%, mostrando o aumento da adesão ao retorno das atividades presenciais. Para o próximo ano, 94% dos pais querem que os filhos retornem às aulas presenciais. Os outros 6% afirmam que optariam por manter os filhos em casa se o ensino híbrido ainda for mantido.
Para as instituições de ensino, segundo a pesquisa, a continuidade do ensino híbrido para o próximo ano divide opiniões. O estudo mostra que 53% dos diretores escolares veem a possibilidade como uma oportunidade, enquanto 47% ainda consideram um desafio.
Vahid Sherafat, presidente do Instituto Escolas Exponenciais e coordenador da pesquisa, explica que os dados visam entender a forma em que a educação está se adaptando às necessidades atuais da sociedade.
“Acredito que as percepções descobertas nessa pesquisa vêm num momento em que todas as atenções estão voltadas para a área da educação. O estudo nos dá informações atuais e precisas para dar base a novas iniciativas, projetos e investimentos”, afirma. “Sem dúvida, a área da educação foi profundamente afetada nos últimos meses e é essencial entendermos onde estamos e para onde devemos seguir a partir de agora.”