Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2023
Nenhum cenário está descartado pelos petistas, porque a prioridade é selar um acordo que dê a Lula governabilidade no Congresso.
Foto: TV BrasilO PT disputa com o PL para ocupar a primeira vice-presidência da Câmara dos Deputados em negociações até 1º de fevereiro, data da eleição interna para a Mesa Diretora da Casa. Ainda assim, o PT considera aceitar ficar com a primeira-secretaria, responsável pela administração geral da Casa, e, por isso, com muito poder em cargos e encaminhamentos internos da Câmara.
Nenhum cenário está descartado pelos petistas, porque a prioridade é selar um acordo que dê ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, governabilidade no Congresso Nacional – na prática, votos suficientes para aprovar matérias de interesse do Executivo federal.
A distribuição de cargos na Mesa Diretora depende dos blocos a serem formados pelos partidos para a eleição interna, além do tamanho das bancadas que os formarão, e eles ainda não estão definidos.
Por mais que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), seja o favorito para se reeleger ao posto, há dúvidas sobre quais blocos serão formados para ficar ao lado dele. A disputa colocada agora é quanto aos principais cargos da Casa. Enquanto isso, Lira tenta conciliar os interesses dos aliados para não criar dissidências – até o momento, ninguém lançou um adversário contra ele.
Não se descarta que PT e PL fiquem juntos em um blocão somente para a eleição à Mesa, embora sejam adversários políticos. No caso de um bloco único, o PL tende a ter a preferência pela vice-presidência.
O PT não fecha as portas para qualquer configuração e conversa com todos os partidos pra ver o cenário mais favorável. Inclusive porque entende que no passado foi escanteado até por partidos de esquerda dentro da Câmara. PDT e PCdoB, por exemplo, já fizeram blocos sem o PT nos últimos anos.
Integrantes do PL acreditam que se formarem blocos separados e o PT conseguir montar um bloco robusto da base de Lula – com MDB, PSD, União Brasil, PSB e PCdoB, por exemplo – o partido do ex-presidente da República Jair Bolsonaro conseguiria reunir apenas PP e Republicanos junto a si. Dessa forma, o PL agregaria menos deputados e perderia a prerrogativa de escolher a primeira vice-presidência da Casa, com a preferência cabendo ao PT.