Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de março de 2019
Lionel Messi resolveu desabafar nesta sexta-feira (29). Depois de uma chuva de críticas após a derrota da Argentina em um amistoso para a Venezuela, em Madri, na Espanha, há uma semana, e também por ter alegado uma contusão para não enfrentar o Marrocos, quatro dias depois, o meia-atacante do Barcelona resolveu falar. Em uma entrevista à rádio argentina Club Octubre FM 94.7, o craque reclamou das provocações feitas contra ele, que atingem inclusive os seus familiares.
“Uma vez, meu filho Thiago, de seis anos, me perguntou: ‘Por que te matam (de críticas) na Argentina, papai?’. Eu respondi que são algumas pessoas, nada mais. Ele sabe que há muitas pessoas que gostam de mim também”, afirmou Messi, que respondeu até sobre a crítica de que não canta o hino argentino antes dos jogos. “Eu demonstro meu carinho pela seleção de outras maneiras, e a quem diz o contrário eu não dou bola. Não tenho que demonstrar nada a ninguém.”
Messi revelou que está muito chateado com tudo o que se fala dele na Argentina. “Nós (jogadores da seleção) não temos que ficar constantemente enganando as pessoas. Fizemos muitas coisas pela seleção, mas não temos que passar o dia todo dizendo que amamos a seleção. Se eu não quisesse, não jogaria pela seleção. Ninguém me obriga a jogar pela seleção. Eu continuo gostando de fazer isso”, disse.
“Eu quero ganhar algo com a seleção. Quero estar com a equipe e vou jogar todas as coisas importantes que tiver que jogar. Mesmo com muita gente sendo contra o fato de eu estar na seleção”, salientou o craque.
Nesse sentido, Messi quis enfatizar o seu discurso e sublinhou a sua dor depois da eliminação para a França nas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, no ano passado, que o deixou de fora da seleção até os amistosos deste mês. “Pensei em me fechar, fazer o luto só com a minha família e esquecer de tudo o que vivi. Tentei me exilar de tudo um pouco. Me afastar da seleção”.
Apesar de todas as críticas, Messi está confirmado na Argentina para a Copa América, que será disputada entre junho e julho deste ano no Brasil. “Leo vai estar na Copa América. Já tenho 80% da lista, faltam três ou quatro posições que precisamos decidir”, revelou recentemente o técnico Lionel Scaloni ao jornal argentino Olé.