O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que pretende dobrar o orçamento previsto para pesquisas científicas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
O órgão federal, reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido tecnologia que ampliou a produção agrícola nacional, tem hoje mais de 90% de seus recursos orçamentários alocados em folha de pagamento e manutenção estrutural.
O novo ministro disse que sua meta, em um primeiro momento, é dobrar o dinheiro para pesquisas científicas, passando de R$ 150 milhões para 300 milhões.
E, em médio e longo prazos, aumentar os recursos para pesquisa a um percentual de 30%, reduzindo o orçamento de folha de pagamento e manutenção estrutural para 70%.
O ministro explicou que a redução para 70% não significa fechamento de prédios ou demissões de funcionários, mas uma ampliação do orçamento total.
Fávaro assume a pasta com o desafio de retomar o diálogo com a União Europeia e diminuir a resistência de segmentos do agronegócio ao governo petista.
Ele ainda deve participar das negociações para o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.
Os países europeus ficaram de enviar uma “side letter” aos países sul-americanos com novas metas de preservação ambiental para que o acordo seja fechado.