Metade dos brasileiros (49,3%) considera baixa a velocidade da vacinação contra a covid-19 no País, segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 12 e 16 de junho de 2021. Apenas 12,2% disseram que a velocidade é alta.
O levantamento também consultou os entrevistados que ainda não foram imunizados sobre a intenção de se vacinarem: 12% disseram que não pretendem tomar o imunizante. Nesse contingente, os mais resistentes são homens (14,5%), brasileiros de 25 a 34 anos (14,2%) e moradores da Região Sul (13,8%). Até agora, o País aplicou a primeira dose em 31% da sua população.
A pesquisa também perguntou se o entrevistado conhece alguém que não irá se vacinar: 34,5% afirmaram que sim – outros 63,8% disseram que não e 34,5% não souberam ou não quiserem responder.
Outra pergunta feita pelo instituto foi como os brasileiros enxergam a eficácia da vacina. Quase a metade disse que considera os imunizantes eficazes.
A pesquisa foi feita por meio da abordagem pessoal de 2.002 entrevistados em 152 municípios de todos os estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Suspensão em capitais
Pelo menos sete capitais suspenderam a aplicação da primeira dose da vacina da covid-19 nesta terça-feira (22): São Paulo, Florianópolis, Aracaju, Campo Grande, João Pessoa, Salvador e Porto Alegre alegaram falta de doses para continuar a vacinação por faixas etárias e, por isso, decidiram vacinar apenas pessoas em busca da segunda dose. As outras 20 capitais aplicam a vacina normalmente.
Em São Paulo, a segunda dose também está suspensa. Os governos de Aracaju (SE) e Florianópolis (SC)disseram não ter previsão de recebimento de estoque para aplicação de primeiras doses, e o governo paulista atribuiu a escassez ao atraso nas entregas do Ministério da Saúde.
Em Campo Grande (MS), a secretaria municipal de Saúde disse que quer completar o ciclo vacinal de cerca de 5 mil pessoas que ainda precisam tomar a segunda dose. Em João Pessoa (PB), a prefeitura disse que vai focar a aplicação de segundas doses enquanto aguarda a chegada de novo lote de vacina.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que envia as doses com base na população-alvo da campanha e que recomenda aos gestores locais que sigam à risca o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19.
O ministério afirmou ainda que a responsabilidade pela distribuição de doses aos municípios é da gestão estadual. A suspensão pode afetar o avanço da vacinação em faixas etárias mais jovens.