Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2019
Levar um tombo não é bom para ninguém, mas pode ser muito grave para as pessoas mais velhas. Metade dos idosos brasileiros com mais de 75 anos morre depois de levar um tombo, segundo um levantamento do Ministério da Saúde.
A Dona Naíres tem uma dica importante para evitar esse problema. Ela sobe e desce escadas todos os dias e garante que, para não cair, a receita é não ficar parada. A Dona Naíres é uma cearense que mora na Fonte Grande há 15 anos. Só para chegar em casa, ela sobe mais de 50 degraus. “Já tinha tentado contar os degraus, mas sempre perdi as contas”, brinca.
A aposentada tem osteoporose e conta que até sofreu uma queda tempos atrás, mas logo se recuperou. “Caí mas não quebrei nada. Acredito que subir e descer essas escadas me faz ficar mais forte”, contou.
A osteoporose é a principal causa de fraturas entre os idosos. Com o passar do tempo os ossos ficam mais frágeis. Isso somado a diversos outros fatores que podem provocar quedas acaba aumentado a incidência de fraturas. E é aí que entra a importância de praticar alguma atividade física, como a Dona Naíres faz para se manter mais forte.
“Chega uma época que a atividade física do idoso cai bastante e com isso a absorção de cálcio cai e prejudica a saúde do idoso, enfraquece e causa quedas”, alertou o médico ortopedista Tercelino Hautequestt Neto.
Aconteceu com o seu Martin. Ele está internado há uma semana, depois de uma queda que sofreu na casa dele, em Afonso Cláudio (ES). O filho dele explicou como foi o acidente. “Ele estava entrando em casa, segurou no portão e se desequilibrou”, contou.
O médico Tercelino Hautequestt Neto lembra de alguns cuidados simples que podem evitar quedas e fraturas entre os idosos. “Tapetes precisa estar presos. Banheiros precisam ter suportes e tapetes antiderrapante”, disse.
Além desses cuidados, o médico alerta que os idosos nunca podem se esquecer da atividade física, que salva vidas quando o corpo já não responde como na juventude. Como é o caso da Dona Naíres. “Eu nunca deixo de me movimentar”, disse a aposentada.