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Metade Sul do Rio Grande do Sul deve registrar chuvas intensas nos próximos dias

O órgão alerta para os acumulados que poderão variar entre 200 e 400 milímetros sobre áreas da Campanha, Sul e Costa Doce. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou a previsão meteorológica no Estado para os próximos dias. O órgão alerta para os acumulados que poderão variar entre 200 e 400 milímetros (mm) sobre áreas da Campanha, Sul e Costa Doce e próximo dos 100 mm no Oeste, Centro, Missões e Noroeste. Nas demais regiões, os acumulados devem ser inferiores a 50 mm.

No restante desta segunda-feira (23), há pancadas de chuva e temporais no Centro, Litoral Médio e Região Metropolitana de Porto Alegre, com acumulados de 50 a 90 mm/dia, especialmente no Sul e na Campanha. Rajadas de vento de 40 a 75 km/h são esperadas.

Nesta terça-feira (24), a frente fria se mantém, trazendo chuvas intensas, com volumes de 80 a 150 mm/dia, podendo ultrapassar 180 mm/dia em algumas áreas. Ventos de 40 a 60 km/h e até 80 km/h com as instabilidades. Na quarta-feira (25), a chuva persiste, especialmente no Sul, com volumes de 50 a 140 mm/dia. À noite, a frente fria avança, aumentando o risco de temporais e rajadas de vento de 40 a 80 km/h.

Por fim, na quinta-feira (26), a chuva se intensifica no Rio Grande do Sul, com volumes entre 30 e 70 mm/dia, e tempestades isoladas nas regiões do Norte e Centro. Na madrugada de sexta-feira (27), há previsão de chuvas leves na metade Norte, mas o tempo deve firmar ao longo do dia devido a uma alta pressão.

Inundação

A condição hidrológica atual é de níveis de normalidade em praticamente todo o Estado. Conforme a Sala de Situação do RS, os rios apresentam pequenas elevações devido às chuvas ocorridas nos últimos dias. Também devido a estas chuvas, os solos estão mais úmidos do que em períodos anteriores.

Devido à previsão de chuvas fortes até esta quinta-feira (26), é indicado o grau de alerta para boa parte das bacias hidrográficas do Estado, sendo elas: Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Ijuí, Piratinim, Butuí-Icamaquã, Ibicuí, Quaraí, Alto e Baixo Jacuí, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Pardo, Taquari-Antas, Caí, Sinos, Gravataí, Guaíba , Camaquã, Mirim-São Gonçalo, Litoral Médio e Tramandaí.

Nessa condição de alerta é apontado o risco de elevação em arroios e rios menores, com possibilidade de inundações desses corpos hídricos, que não possuem monitoramento, além do risco de alagamentos em perímetros urbanos. Esses eventos devem ocorrer em locais onde a chuva apresentar elevada intensidade (grandes volumes em pouco tempo).

É indicado o grau de inundação, com risco de inundações dos rios Quaraí, Ibicuí, Ibirapuitã, Santa Maria, Negro, Piratini, Jaguarão, Camaquã e arroios do sul do Estado, devido aos volumes muito elevados previstos para estas regiões. Nessa condição de inundação é apontado o risco de elevação em arroios, rios menores e rios principais das bacias hidrográficas, com possibilidade de inundações desses corpos hídricos, além do risco de alagamentos em perímetros urbanos.

A Defesa Civil orienta que durante as chuvas, os cidadãos devem tomar precauções como desligar eletroeletrônicos, fechar bem portas e janelas, buscar abrigo seguro, e evitar atravessar alagamentos a pé ou de carro. Emergência ligue 190 ou 193.

Índice pluviométrico

A intensidade de uma chuva é medida por meteorologistas por meio do índice pluviométrico, mas a ideia de medir a água em milímetros, uma unidade de tamanhos e distâncias, deixa muitas pessoas confusas e com dificuldade de saber o que esse índice significa.

O Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) explica que o índice relaciona o tempo da chuva com a área que ela afeta, para indicar não apenas a quantidade de água, mas também sua intensidade.

“Se dissermos que o índice pluviométrico de um dia, em um certo local, foi de 2mm, significa que, se tivéssemos nesse local uma caixa aberta, com 1 metro quadrado de base, o nível da água dentro dela teria atingido 2 mm de altura naquele dia. Para chegar a esse índice, as centenas de estações meteorológicas espalhadas pelo país utilizam um aparelho conhecido como pluviômetro”, informa o instituto.

Essa matemática fica mais fácil de ser compreendida quando é esclarecido que 1 milímetro de altura de água acumulado nessa caixa, com 1 metro quadrado de base, equivale a 1 litro.

Ou seja: 1 milímetro de chuva em 24 horas em uma certa localidade significa que, em cada metro quadrado dela, caiu 1 litro de água, o suficiente para fazer com que essas “caixas” tenham uma poça de 1 milímetro de altura em seu interior.

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