Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2020
Foto microscópica mostra célula humana sendo infectada pelo novo coronavírus
Foto: NIAID/DivulgaçãoUm grupo de pesquisadores mexicanos desenvolveu uma possível vacina contra a Covid-19 através da proteína “spike” do novo coronavírus. Os testes já estão sendo feitos em animais, e a expectativa é de que em setembro sejam iniciados em humanos.
Caso os testes em humanos realmente sejam realizados ainda neste ano, conforme previsto, essa seria a primeira vacina desenvolvida na América Latina a atingir tal estágio.
A pesquisa, liderada por Manuel Aguilar Yáñez, do Tecnológico de Monterrey, Julio Valencia Suárez e Alejandro Carballo Amador, da Universidade Autônoma da Baixa California, chamou a atenção de outras organizações e 17 universidades e instituições de saúde, que se uniram para consolidar o projeto.
“Nosso objetivo é obter a certificação e a licença para uso generalizado da vacina até o final de setembro”, disse o médico Julio Valencia, especialista em engenharia genética e biotecnologia.
Ele afirmou que a meta da pesquisa é produzir aproximadamente 100 milhões de doses nos próximos 15 meses. Até o final de 2021, o médico vislumbra uma capacidade de 200 milhões de doses.
“A vacina funciona fornecendo às células do corpo um pequeno pedaço de informação genética, o DNA, que dará às células tudo o que é necessário para produzir pequenas quantidades de proteína a partir deste vírus, o ‘spike’. Ela é exposta ao corpo para que a proteína seja detectada e uma resposta imune celular seja gerada, ou seja, células e moléculas que nosso sistema imunológico produz para neutralizar e destruir o vírus”, explicou Manuel Aguilar.