Por Redação O Sul | 11 de julho de 2017
Na tarde dessa terça-feira, o presidente Michel Temer disse que tem orgulho de presidir o Brasil e que fez muito pelo País, “como não se fez nos últimos 20 anos”. Em seu segundo pronunciamento do dia, ele reiterou o que havia afirmado mais cedo e garantiu que será “obediente” ao que a Câmara dos Deputados decidir. “Mas não vamos tolerar que paralisem o Brasil”, completou.
A declaração foi uma referência à acusação de corrupção passiva da qual o peemedebista é alvo – na segunda-feira, o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) apresentou na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados um parecer favorável à aceitação da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O chefe do Executivo foi aplaudido por uma “claque” de moradores do Distrito Federal, onde deve ter grande impacto o Programa Nacional de Regularização Fundiária, lançado há pouco tempo. Sob gritos de “Fica, Temer!”, ele agradeceu aos parlamentares que expressaram a sua inconformidade contra o que classificou de “injustiças” na CCJ.
“Para não dizer que não falei de flores, quero agradecer enormemente àqueles que no dia de ontem usaram de sua palavra, de sua oratória, de sua emoção e, mais particularmente, de sua indignação contra o que ouviram ontem na comissão”, discursou. “A minha indignação é contra uma injustiça ao País.”
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a ser convidado pelo Palácio do Planalto a acompanhar Temer na solenidade, mas não compareceu. Segundo fontes de Brasília, o chamado tinha como objetivo principal arrefecer os rumores de desgaste na relação entre os dois, já que Maia é o primeiro nome na linha sucessória à Presidência da República.
