A provável definição oficial do PMDB em torno do rompimento oficial com o governo da presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira, deverá ser tomada por aclamação. A decisão é resultado de articulação promovida pelo grupo ligado ao vice-presidente Michel Temer, líder nacional do partido.
A posição foi fechada após uma reunião entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o “último bastião” governista dentro da legenda. Pelo acordo, Temer e os ministros da sigla não comparecerão ao encontro do diretório nacional que deve selar o desembarque – a ausência também evitaria o risco de constrangimentos.
O evento definirá, ainda, uma data-limite – 12 de abril – para que sejam “devolvidos” ao Palácio do Planalto as pastas e demais cargos de confiança na administração federal ocupados por peemedebistas.
Apesar dos apelos de Dilma e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, o Executivo não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB. O movimento tem se agravado, nos últimos dias, com as manifestações antigoverno por parte dos maiores diretórios estaduais da sigla, tais como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O formato da convenção foi fechado em reunião na residência oficial do Senado, com a presença de outros peemedebistas da Casa. Entre os objetivos está o de tentar evitar sinais de divisão interna. (Folhapress)