Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2017
O presidente Michel Temer foi submetido na manhã deste domingo a um procedimento para retirada da sonda vesical (cateter utilizado para a coleta de urina). De acordo com o boletim médico divulgado no início da tarde pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o paciente apresenta um quadro estável.
A previsão de que ele receba alta nesta segunda-feira está mantida. Ele será orientado a permanecer em repouso até a terça-feira e deve retornar ao trabalho em Brasília no dia seguinte.
Temer foi submetido a uma cirurgia na noite de sexta-feira, devido a um crescimento da próstata. Em entrevista concedida à imprensa, o urologista Miguel Srougi, responsável pela operação, explicou que a intervenção de urgência foi necessária por causa da obstrução da uretra.
“Ele apresentava um processo de retenção urinária e a sonda em sua bexiga estava bastante desconfortável, precisando ser removida. A causa mais provável era de que a próstata havia voltado a aumentar de tamanho”, detalhou o médico. Há sete anos, o peemedebista havia sido submetido a um procedimento para contornar o crescimento do órgão.
“O crescimento da próstata é muito comum, mas também ocorre para dentro, todo homem maduro começa a ter essa dificuldade para urinar”, ressalvou Srougi, apesar do caráter emergencial da intervenção. O médico informou que durante a conversa com o presidente surgiu um quadro muito claro.
“A próstata se enche de vasos sanguíneos e cresce para dentro da uretra, que passa a ser preenchida por uma massa sólida e vascularizada, com risco de sangrar a qualquer momento e entupir a uretra, causando esse tipo de complicação.”
O especialista afirmou, ainda, que foi realizada uma biópsia, por precaução, para ter certeza de que, em meio a essa hiperplasia, não havia um foco de câncer. “Felizmente, essa análise preliminar, que terá um resultado definitivo depois, mostrou um crescimento benigno, o que nos tranquilizou muito”, admitiu.
No início da tarde deste domingo, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, visitou Michel Temer. De acordo com o dirigente, o chefe do Executivo estava disposto e havia lido um livro inteiro durante o período de internação. A assessoria de imprensa não informou, porém, se o paciente está acompanhado de familiares.
Cateterismo
No que se refere ao cateterismo, o médico do Hospital Sírio-Libanês e cardiologista de Michel Temer, Roberto Kalil Filho, informou que procedimento não foi realizado e que ainda será avaliado. “Vamos deixar isso para depois”, frisou. “Primeiro, resolvemos a próstata e no futuro vamos ver a parte cardíaca.”
O médico esclareceu que o procedimento realizado na noite de sexta-feira não interfere na aspecto cardíaco: “O presidente Michel Temer apresenta um quadro estável do ponto-de-vista cardiovascular, então ele poderá ficar alguns dias sem os medicamentos antiagregantes”.
