Com o objetivo de liberar cargos para nomeações de sua confiança, o presidente interino Michel Temer quer realocar os principais integrantes do gabinete pessoal da presidenta afastada Dilma Rousseff em postos de menor remuneração. O foco são os assessores diretos de nível 6, o mais alto na escala de cargos de confiança.
No mesmo dia em que foi afastada do cargo, a petista nomeou para a sua equipe no Palácio da Alvorada aliados como Jorge Rodrigo Messias e Sandra Chagas Brandão, considerada uma espécie de “Google do Planalto”, devido ao seu amplo conhecimento do ofício. A ideia do peemedebista é alojar os aliados da petista em cargos de nível 4 e 5, com salários menores.
Giles Azevedo
Um caso emblemático é do ex-assessor presidencial Giles Azevedo, alvo da caneta de Temer nessa segunda-feira. Com o cargo extinto pela Casa Civil, o governo interino o designou para a função de assessor especial da Subchefia de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais, um patamar abaixo do anterior.
Antes da extinção, ele recebia o teto salarial dos cargos de confiança. A missão de conseguir um novo posto para Giles ficou a cargo de Messias, que negociou o assunto diretamente com o Palácio do Planalto. (Folhapress)