Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2023
Michelle ainda alfinetou Moro, afirmando que os paranaenses devem eleger alguém “realmente elegante”.
Foto: Isac Nóbrega/PRCotada para disputar as eleições suplementares para o senado do Paraná caso o senador Sergio Moro (União-PR) seja cassado por abuso de poder econômico, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi recebida com um coro de “senadora” em um evento do PL Mulher em Curitiba no sábado (16). Michelle ainda alfinetou Moro, afirmando que os paranaenses devem eleger alguém “realmente elegante”.
A ex-primeira-dama participou do encontro estadual da ala feminina do partido, que é presidida por ela desde março. Enquanto discursava, Michelle disse que Deus teria a chamado para “algo novo no Brasil”. Foi quando o coro de “senadora” começou por parte dos apoiadores.
Após o coro, Michelle ainda alfinetou Moro, que foi alvo de críticas após a sabatina do ministro da Justiça, Flávio Dino, aprovado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana. Em imagens registradas no Senado, Moro foi visto abraçando e rindo ao lado de Dino durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois da audiência, foi flagrado um assessor do ex-juiz recomendando, por mensagens, que ele não revelasse publicamente um apoio à indicação do novo ministro do Supremo.
“Deus vai dar sabedoria para vocês escolherem o melhor para o Estado do Paraná. Uma pessoa que seja realmente elegante, que possa ter elegância para trabalhar e para lutar por esse Estado tão maravilhoso”, disse Michelle.
Se Moro for condenado pelos crimes em que é denunciado, seu mandato será cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Caso isso ocorra, serão realizadas eleições suplementares para eleger uma nova chapa que irá tomar posse no Senado até 2030. O pleito será marcado após o processo contra o senador transitar em julgado. Ou seja, após decisão final no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Michelle está entre cotadas para disputar possível eleição suplementar no Paraná. Para ser candidata no Paraná, a ex-primeira-dama precisa comprovar um domicílio eleitoral no Estado seis meses antes da eleição.
Os deputados federais do Partido dos Trabalhadores Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann e o ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP) também já manifestaram interesse em ocupar a vaga deixada por Moro. Além do nome de Michelle estar nas discussões, outro cotado do PL na disputa é o ex-deputado Paulo Martins. Martins ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado, perdendo para Moro por 250 mil votos.