Ao participar nesta sexta-feira (2) de evento do partido na cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o setor agrícola não representa o movimento de direita, e que “não é fascista”. O encontro reuniu maioria de mulheres no Mato Grosso, estado onde a grande base da economia está na produção de grãos e na pecuária, setor que apóia Jair Bolsonaro. Ao falar no evento do partido em Cuiabá, Michelle Bolsonaro afirmou:
“O agro não é direitista, o agro não é fascista, o agro coloca alimento nas nossas mesas e leva alimento para o mundo”.
China veta empréstimo do Banco BRICs à Argentina, mesmo com aval do Brasil
A China anunciou veto ao aval do Brasil de socorrer Argentina via BRICS, órgão financeiro com sede em Shangai, presidido pela ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff. Neste momento, a Argentina encontra-se incapaz de cumprir seus acordos com o FMI. Em discurso na data de independência do país, a vice presidente argentina, Cristina Kirchner, chegou a sugerir que o país deveria “esquecer” o FMI, dando um calote no empréstimo de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional. Ainda assim, segundo Dilma Rousseff, numa gentileza ao presidente Alberto Fernández, o Brasil será avalista da operação de empréstimo dos Banco dos Brics dos R$ 35 bilhões à Argentina.
Transparência Internacional condena indicação do advogado Zanin ao STF
A Transparência Internacional – Brasil, ONG de combate à corrupção e acompanhamento da transparência governamental, considerou a indicação do advogado pessoal do presidente Lula, Cristiano Zanin, uma afronta à independência do Judiciário e ao princípio constitucional da impessoalidade. O escritório Zanin Martins Advogados, que pertence ao indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu R$ 1,2 milhão da campanha do petista durante as eleições de 2022, segundo a prestação de contas da campanha de Lula, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
“A indicação de [Cristiano] Zanin ainda contradiz o discurso de inclusão e aprofunda, ainda mais, a dívida brasileira com os segmentos sociais historicamente marginalizados e excluídos dos espaços de poder. Esta exclusão está também na raiz da corrupção sistêmica brasileira”, diz a nota da Transparência Internacional.
Ministra Rosa Weber critica baixa representatividade feminina no STF
A presidente do STF, ministra Rosa Weber, criticou a falta de mulheres na Corte. A ministra fez a crítica na quinta-feira, mesmo dia da indicação de Cristiano Zanin, amigo e advogado de Lula, para o lugar de Ricardo Lewandowski. Atualmente, apenas Rosa Weber e Cármen Lúcia ocupam cargos no STF. Na história, o STF teve apenas outra mulher entre seus integrantes: Ellen Gracie. A presidente do STF afirmou:
“Aqui no Brasil nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, disse a ministra.
Uma semana reveladora
A semana que termina, foi reveladora do país em que o Brasil se transformou em quase seis meses da “nova democracia”.
— Elogios do presidente brasileiro ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, envergonhando o país diante da diplomacia internacional.
— Agressão covarde de seguranças do ditador venezuelano e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica) à jornalista Delis Ortiz, da Rede Globo, após ela ter perguntado a Maduro o valor do calote venezuelano ao tesouro brasileiro.
— Compra escancarada pelo presidente Lula dos votos necessários para garantir a aprovação da Medida Provisória 1154 que aumentou de 23 para 37 o número de ministérios não fosse extinta no dia 31 de maio. O Senado recebeu a versão aprovada pelos deputados dia 1º e votou em 48 minutos.
— Indicação para a vaga no STF do advogado Cristiano Zanin, amigo e advogado pessoal do presidente Lula, sem portar currículo compatível com “notório saber jurídico”.
— Um dia após o presidente da Câmara Deputados desafiar o presidente Lula, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, liberou o julgamento que estava parado há três anos, de recurso da defesa de Arthur Lira contra decisão que recebeu uma denúncia contra ele pela suposta prática de corrupção passiva.