Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2020
Samuel Paty tinha 47 anos
Foto: Reprodução/TwitterMilhares de pessoas se reuniram neste domingo (18) em Paris e em outras cidades francesas para homenagear Samuel Paty, o professor de história que foi decapitado em um ataque extremista.
Na capital do país, a concentração aconteceu na Praça da República. Muitos dos manifestantes levaram cartazes com frases como “não ao totalitarismo do pensamento” e “sou professor”.
Paty foi assassinado depois de mostrar uma caricatura de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão em uma escola em Conflans-Sainte-Honorine, na sexta-feira (16).
A polícia francesa informou que pelo menos 11 suspeitos de contribuir com o atentado já foram detidos. Entre eles, estão familiares do homem que cometeu o crime. Ele foi morto durante uma ação policial após se recusar a soltar uma faca que carregava.
A manifestação em Paris foi autorizada pela prefeitura, apesar das medidas mais restritivas que a capital francesa passou a adotar para frear o avanço da pandemia do novo coronavírus, como a implantação de um toque de recolher depois das 21h.
Segundo a polícia francesa, o homem que cometeu o crime é um russo de origem chechena de 18 anos. Os agentes afirmam que tentaram prendê-lo após o ataque, mas ele estava agressivo e, por isso, foi necessário matá-lo.
O assassino era refugiado e vivia na cidade de Evreux, a noroeste de Paris. Ele não era conhecido pelos serviços de inteligência, disse o promotor Jean-François Ricard.