Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2025
Milhares de manifestantes se reuniram em Nova York, Washington e outras cidades dos Estados Unidos neste sábado, 19, em uma segunda série de protestos contra o presidente Donald Trump.
Em Nova York, manifestantes de todas as idades se reuniram em frente à Biblioteca Pública, perto da Trump Tower, segurando cartazes acusando Trump de atacar as instituições democráticas e a independência judicial. Muitos criticaram a política de Trump de deportações contra imigrantes sem documentos.
“A democracia está em grande perigo”, disse à reportagem Kathy Valyi, de 73 anos, filha de sobreviventes do Holocausto.
Em Washington, os manifestantes expressaram preocupação com a ameaça de Trump às normas constitucionais de longa data, como o direito ao devido processo legal.
“O governo está realizando um ataque direto à ideia do Estado de direito”, disse Benjamin Douglas, de 41, do lado de fora da Casa Branca.
Na Costa Oeste, centenas de pessoas se reuniram em uma praia de São Francisco para soletrar as palavras “IMPEACH + REMOVE”, informou o San Francisco Chronicle.
Manifestantes apontam problemas com ciência e saúde
Daniella Butler, de 26, disse que queria “chamar a atenção especificamente para o financiamento da ciência e da saúde” pelo governo.
Ela é estudante de doutorado em imunologia na Universidade Johns Hopkins e carregava um mapa do Texas coberto de manchas alusivas ao surto de sarampo no estado.
O secretário de saúde de Trump, Robert F. Kennedy Jr., há décadas vem associando falsamente a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola ao autismo. “Quando você ignora a ciência, as pessoas morrem”, disse Butler.
Na cidade litorânea de Galveston, também no estado muito conservador do Texas, houve uma pequena manifestação de cidadãos anti-Trump.
“Este é meu quarto protesto e, normalmente, eu esperaria de braços cruzados pela próxima eleição”, disse a escritora Patsy Oliver, de 63. “Não podemos fazer isso agora. Já perdemos demais.”
Protestos tiveram pedidos de libertação de imigrantes
Em Nova York, alguns aproveitaram a oportunidade para pedir a libertação de Mahmoud Khalil, um estudante palestino da Universidade de Columbia que está detido para deportação, apesar de residir legalmente nos Estados Unidos.
O jovem participou de protestos contra a guerra de Israel em Gaza que abalou os campus universitários no ano passado.
Eles também pediram a libertação do salvadorenho Kilmer Abrego Garcia, que foi deportado ilegalmente e enviado para uma prisão em seu país.
O principal organizador dos protestos de sábado, o grupo 50501, que significa 50 protestos em 50 estados e um movimento, disse que cerca de 400 manifestações foram convocadas.
O grupo convidou milhões de pessoas a participarem no sábado, embora o comparecimento pareça ter sido menor do que no chamado dia “Hands Off”, que ocorreu em todo o país em 5 de abril. As informações são do portal Estadão.