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Política Militares atrapalharam o governo e Bolsonaro errou demais na pandemia, diz o presidente do partido do próprio Bolsonaro

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Valdemar Costa Neto se equilibra entre as alas governista e bolsonarista. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, afirmou, em entrevista à CNN Brasil nessa sexta-feira (27), que o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi reeleito devido aos erros cometidos por sua gestão. Ele pontuou que militares atrapalharam o governo durante o primeiro ano e meio da gestão e acrescentou que Bolsonaro “errou demais na pandemia”.

“Bolsonaro só não foi reeleito em primeiro turno pelos erros que cometeu no começo do governo, quando estava sozinho, apoiado por generais. Esse pessoal atrapalhou muito a vida dele. E na pandemia ele errou demais. Quando eu vi o PT colocando as falas dele [Bolsonaro] na pandemia, aquilo foi mortal.”

Costa Neto disse ainda acreditar que Bolsonaro tem noção dos erros que teria cometido. “Eu tenho a impressão que ele tem consciência porque ele não cometeu mais esses erros depois. Ele evitava porque esses erros eram imperdoáveis. O povo não perdoou ele”, concluiu.

Michelle

Na mesma entrevista, Costa Neto falou que o ex-presidente deve voltar ao Brasil no final do mês e que, caso o capitão reformado não queira disputar a eleição em 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pode ser um nome a ser cogitado. “Veja o que ela fez nos comícios. Quando ela ia lotava de público. É uma liderança, sem dúvida. Vai fazer palestras pelo Brasil”, falou.

O cacique do partido do ex-presidente também analisou o comportamento de Jair Bolsonaro após a derrota no segundo turno para Lula. “O Bolsonaro não estava preparado para a derrota”, pontuou.

Valdemar Costa Neto disse na entrevista que “tinha certeza” que Bolsonaro iria ganhar no primeiro turno caso não “tivesse errado tanto na pandemia”. “Ele errou demais no começo do governo, no primeiro ano e meio. Depois, pode reparar, não errou mais”, analisou o político.

Durante a entrevista, Costa Neto comentou que “os generais” atrapalharam a gestão bolsonarista, nomeando, entre outros, Santos Cruz. O general deixou o governo logo nos primeiros meses após ser alvo de críticas dos filhos do presidente e do escritor Olavo de Carvalho, guru ideológico de muitos membros do então gabinete presidencial.

Falando em filhos do ex-presidente, Costa Neto não assegurou que os herdeiros de Bolsonaro possam ter um papel político importante no futuro do pai, apesar de achar que Eduardo seja “o mais político dos filhos”. “Sempre quis ajudar na campanha, nos eventos”, contou o líder do PL.

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