Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2015
O Exército Brasileiro passou a testar drones (aeronaves não tripuladas) em operações em áreas de conflito na missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti (Minustah).
Duas aeronaves de pequeno porte do modelo Phantom, fabricado pela chinesa DJI, foram adquiridas no ano passado pelo Exército, em Miami, nos Estados Unidos, a um custo de 3 mil dólares.
Desde então, a tecnologia vem sendo testada pelo contingente na capital, Porto Príncipe.
Uma pequena câmera acoplada ao equipamento captura imagens do terreno, que são visualizadas e controladas em um tablet ou celular.
Um segundo soldado é responsável por controlar o aparelho.
Os drones são usados para checar o campo no momento em que a tropa está se deslocando para a área de operação, além de acompanhar a evolução da patrulha. Isso ajuda a evitar possíveis confrontos.
“É muito mais fácil e menos arriscado ver do alto o que está acontecendo no terreno do que ter que descobrir andando”, contou o major Sérgio Mattos, coordenador do projeto.
“Os drones substituem a necessidade de termos militares à frente ou em uma posição alta”, explicou Mattos.
Por meio das imagens, o operador pode identificar objetos ou pessoas suspeitas em um raio de até 1 quilômetro.
O equipamento permite ao militar ter uma boa visão da área a até 60 metros de altura e oferece uma autonomia de 14 minutos de bateria.
“Se o comandante tem uma imagem aérea que mostra a profundidade e as características de uma manifestação e da situação nas ruas, isso garante a ele mais coerência na decisão de atuação e de emprego das tropas”, disse o tenente Gustavo Serio, operador de drone. (Folhapress)