Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de novembro de 2023
Ao lado de ministro e comandantes das Forças Armadas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou esta semana a realização de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com uso de militares, para atuar em portos e aeroportos e, assim, contribuir para o enfrentamento para a crise na segurança pública do Rio de Janeiro.
Há menos de uma semana, Lula disse que não decretaria uma GLO sob sua Presidência. Sem se referir ao posicionamento, afirmou que a situação era “muito grave” e que seria uma ação pontual.
“Esse decreto estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado. E por isso estou fazendo esse decreto de GLO especificamente para portos do Rio, Itaguaí, Santos e nos aeroportos do Galeão e Guarulhos”, disse Lula.
Entenda
Decretação de GLO restrita aos locais:
* Porto do Rio de Janeiro/RJ;
* Porto de Santos/SP;
* Porto de Itaguaí/RJ;
* Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro;
* Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A Marinha ampliará a atuação, em articulação com a Polícia Federal, nos seguintes locais:
* Baía de Guanabara/RJ;
* Baía de Sepetiba/RJ;
* acessos marítimos ao Porto de Santos/SP;
* Lago de Itaipu.
Haverá, nos próximos meses, reforço de efetivo e equipamentos, com mobilizações extras na Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, nos seguintes Estados:
* São Paulo;
* Rio de Janeiro;
* Mato Grosso;
* Mato Grosso do Sul;
* Paraná
As Forças Armadas vão atuar nos portos e aeroportos em conjunto com a Polícia Federal. Exército e Aeronáutica também vão ampliar a atuação nas fronteiras, em conjunto com PF e Polícia Rodoviária Federal, em especial no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul — segundo Dino, há ligação logística com as facções que atuam no Rio e em São Paulo. Paraná e Mato Grosso do Sul fazem fronteira com o Paraguai, por onde investigações apontam que entram armas de grosso calibre e drogas no Brasil.
Participam do ato os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, da Defesa, José Múcio, da Casa Civil, Rui Costa; bem como os comandantes, general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Também integra o grupo o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
Na segunda-feira (30), após encontro com autoridades do Rio, Dino adiantou que o governo deve formalizar a criação de um grupo de trabalho, com auxílio da PF e da Polícia Civil do Rio, entre outros órgãos, para “asfixiar” a milícia e o tráfico de drogas.
Em outra frente, as Forças Armadas reforçarão portos, aeroportos e fronteiras para tentar operar uma “asfixia logística” de organizações criminosas.