Todos os atores da construção civil no Brasil, entre eles trabalhadores e empresários, fazem coro e aplaudem esse programa que neste ano comemora seus 15 anos. Os motivos para tal não cabem neste artigo.
Vou focar no tripé: geração de emprego, expansão do empreendedorismo e inclusão social.
No primeiro o número nesse período é impressionante: ultrapassa os 5 milhões de empregos diretos. Nenhum outro segmento de mercado teve tamanha contribuição e impacto econômico/social. Esse número seria ainda mais significativo se o governo anterior não tivesse dado uma guinada improdutiva no programa, que foi muito além do mudar o nome.
A previsão para criação de novos postos de trabalho para 2024 é de, pelo menos, 400 mil.
No capítulo empreendedorismo, o programa foi uma semente que gerou inúmeras novas empresas e potencializou o crescimento histórico de muitas. A construção de novas moradias em 2024 demonstra o quanto as empresas desse segmento irão crescer. O governo federal, somente no ano passado, contratou 720 mil unidades. A projeção é construir 2 milhões de unidades até 2026. Não podemos deixar de sublinhar o quanto toda a cadeia produtiva, que atua no segmento, gera de tributos em todos os níveis de governo.
Segundo informações, o único programa de habitação popular no Brasil que alcançou números parecidos foi o antigo BNH (Banco Nacional de Habitação) que foi implementado no regime militar, ele financiou 4,5 milhões de imóveis, mas em 22 anos.
No terceiro pilar, inclusão social, é indiscutível que o programa se consolidou como a maior política pública de habitação do país, transformando a vida de milhões de brasileiras e brasileiros. Mas, vai, além disso. No capítulo meio ambiente tem contribuições positivas, priorizando a construção de unidades habitacionais com eficiência energética e implementação de soluções sustentáveis: uso de energias renováveis e sistemas de captação de água da chuva.
Nesses mais de 30 aos de jornada no setor sou testemunha da contribuição histórica da debutante desse ano.
Gelson Santana, presidente do STICC (Sindicato dos trabalhadores da construção civil) e membro do GT Relações entre trabalhadores e empregadores do Ministério do Trabalho.