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Ministério, autoridades sanitárias e médicos divergem sobre a vacinação contra a febre amarela

Pessoas com alergia a ovo, que usam imunossupressores, corticoides, em tratamento de câncer também não devem se submeter à imunização. (Foto: Divulgação)

Em meio à epidemia de febre amarela, Ministério da Saúde, autoridades sanitárias e infectologistas divergem sobre a melhor estratégia para se vacinar contra a febre amarela. Integrantes do ministério recomendam que a população adulta receba duas doses do imunizante, com intervalo de 10 anos entre as aplicações.

Em São Paulo, no entanto, a indicação é de que apenas uma dose seja dada – uma orientação que segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde.

“A partir do momento que está demonstrado que uma dose você tem proteção, por, pelo menos, 30 anos, não entendo por que indicar o reforço”, justifica coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.

Técnicos do Ministério da Saúde, por sua vez, afirmam que a indicação de uma dose da vacina e de um reforço tem como objetivo evitar um eventual risco de os efeitos da vacina se reduzirem ao longo do tempo. Não haveria, de acordo com a equipe, ainda estudos suficientes para comprovar a proteção com apenas uma dose. “Mas e estudos que indiquem a necessidade de duas doses?”, questiona Boulos. Para ele, o ideal no momento seria um uso racional de recursos. (AE)

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