O Ministério da Defesa emitiu uma nota na manhã dessa quarta-feira (19), se manifestando sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonao (PL) por “liderar” uma trama golpista após as eleições de 2022.
A pasta comandada pelo ministro José Múcio Monteiro afirmou que a denúncia é “importante para distinguir as condutas individuais e as das Forças Armadas”.
“A avaliação do ministro José Mucio Monteiro é de que a apresentação da denúncia é mais um passo para se buscar a responsabilização correta, livrando as instituições militares de suspeições equivocadas”, diz trecho da nota.
Foi o próprio ministro quem avisou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na terça (18), sobre a denúncia ter sido enviado pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciadas no inquérito do golpe. Entre elas, 23 são militares. Os crimes imputados aos suspeitos são os de organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado por todos os crimes, ele pode pegar mais de 43 anos de prisão.
Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro rebateu a denúncia da PGR chamando-a de “inepta”, “precária” e “incoerente”. Os advogados do ex-presidente também alegam que a denúncia é baseada em um acordo de colaboração “fantasioso” do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
O posicionamento de Bolsonaro também afirma que, “a despeito dos quase dois anos de investigações, (…) nenhum elemento que conectasse minimamente o (ex-) presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado”.
A defesa de Bolsonaro negou que ele tenha qualquer envolvimento com um plano golpista e disse estar estarrecida com as acusações. As informações são do portal Estadão.
Dentre os principais pontos da denúncia da PGR estão:
* Bolsonaro como líder da organização do golpe
* Os crimes atribuídos a Bolsonaro e seus aliados
* Postura golpista foi exercida desde 2021
* Bolsonaro editou minuta de decreto golpista e pressionou militares
* Bolsonaro mandou monitorar o ministro Alexandre de Moraes
* Apoio a acampamentos golpistas
* Bolsonaro sabia e concordou com plano para matar Lula
* Interferência em relatório sobre urnas eletrônicas.
As informações são do portal G1.