Sexta-feira, 21 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2025
O Ministério da Fazenda diminuiu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, de 2,5% para 2,3%. A estimativa para 2026 caiu de 2,6% para 2,5%. As informações constam da grade de parâmetros publicada pela Secretaria de Política Econômica (SPE). Apesar das reduções, as projeções da pasta estão bem acima das medianas do relatório Focus, que indicam alta de 1,99% para o PIB em 2025 e de 1,60% em 2026.
“Após a aceleração projetada para o primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre”, diz a SPE, sobre 2025. “A desaceleração do crescimento frente a 2024 repercute a redução dos estímulos vindos dos mercados de crédito e trabalho em função do patamar mais contracionista da política monetária e o aumento das incertezas e da volatilidade devido ao acirramento das tensões comerciais e geopolíticas no mundo”, informa a SPE.
A Fazenda espera crescimento de 1,5% para o PIB no primeiro trimestre, na margem, após alta de 0,2% no quarto trimestre. A aceleração deve ser puxada pelo setor agropecuário, com alta de 12,8%, após queda de 4,5% no trimestre anterior. “Esse forte avanço do PIB agropecuário repercute a expectativa de maior produção de soja, milho e arroz em 2025, grãos colhidos, em grande parcela, no primeiro trimestre”, diz a secretaria.
A Fazenda também aumentou a projeção para o IPCA de 2025 para 4,9% – acima do teto da meta, de 4,5%. Ela era de 3,6% no boletim anterior, de novembro.
PIB
O PIB é um indicador econômico que mede o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um período específico, geralmente um ano ou um trimestre. Ele é amplamente utilizado para avaliar a saúde econômica de uma nação, ou seja, o tamanho da sua economia e o seu desempenho.
— Existem três formas principais de calcular o PIB:
* Pelo lado da produção (ou oferta)
Nesse caso, o PIB é calculado somando o valor agregado em cada etapa de produção de bens e serviços, considerando apenas o valor final para evitar a contagem repetida dos mesmos produtos em diferentes estágios de produção.
* Pelo lado da demanda (ou despesa)
O PIB é obtido somando os gastos totais com bens e serviços produzidos no país. Isso inclui o consumo das famílias, os investimentos das empresas, os gastos do governo e as exportações líquidas (exportações menos importações).
* Pelo lado da renda
Aqui, o PIB é calculado somando todas as rendas geradas na economia, como salários, lucros das empresas, impostos sobre a produção e a propriedade, menos os subsídios.
Em termos práticos, o PIB serve como uma medida da produtividade econômica de um país, ajudando a entender o padrão de vida da população, identificar tendências de crescimento ou recessão e orientar políticas públicas.
Quanto mais alto o PIB, geralmente, maior a capacidade de um país gerar riquezas e, teoricamente, melhor é o bem-estar da população, embora o PIB não capture desigualdades sociais ou ambientais. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)