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Ministério da Fazenda mantém projeção do PIB em 2,2% em 2024 e da inflação em 3,5%

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A SPE (Secretaria de Políticas Econômicas) do Ministério da Fazenda manteve a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto PIB) brasileiro em 2,2% em 2024, segundo os dados do Boletim Macrofiscal divulgado pela pasta nesta quinta-feira (21). Os técnicos da pasta também projetam inflação de 3,5% ao fim do ano.

A SPE esclareceu que as projeções foram atualizadas até 13 de março, data de fechamento da grade de parâmetros. Segundo o documento, que é divulgado a cada dois meses, o crescimento em 2024 deverá ser mais equilibrado, baseado no avanço de setores cíclicos e na expansão da absorção doméstica — diferente do de 2023, que fatores diferentes contribuíram a cada bimestre.

De acordo com a secretaria, apesar da projeção para o crescimento ter permanecido estável, houve revisão nas estimativas de PIB por setor produtivo.

O agro, que no ano passado foi um dos motores para atingir um crescimento acima das expectativas de mercado, a variação esperada para o PIB caiu de 0,5%, no Boletim de novembro, para −1,3%, refletindo, principalmente, a redução nos prognósticos para a safra em 2024.

Por outro lado, a pasta projeta expansão de 2,4% dos serviços em 2024. Na Indústria, a expectativa de crescimento também foi revisada para cima, chegando em 2,5% este ano. Segundo a SPE, o setor deverá ser impulsionado pela recuperação da produção manufatureira e da construção, com reflexo nos investimentos pela ótica da demanda.

Para 2025, a expectativa é de crescimento em 2,8%. Segundo o documento, as medidas elaboradas pelo governo, tanto a reforma tributária quanto às propostas para melhorar o sistema financeiro, entre outras, terão efeito maior no próximo ano, por isso, a economia deve crescer mais que em 2024.

Quanto à inflação, a secretaria projetou um recuou de 3,55% para 3,5% em 2024 e passou de 3% para 3,1% em 2025. Segundo o texto, as mudanças climáticas, em especial o fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, etanol e as tarifas de energia elétrica, foram menos intensas do que o inicialmente esperado.

Além disso, reajustes já observados para itens monitorados neste ano foram inferiores à expectativa, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia.

Por outro lado, os economistas ouvidos pelo BC (Banco Central) para o Boletim Focus desta semana apontaram alta no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ao final deste ano para 3,79%. O relatório foi divulgado na última terça-feira (19).

A estimativa de crescimento do país também diverge da Fazenda. Os analistas ouvidos pelo BC diminuíram as expectativas quanto ao Produto Interno Bruto do País de 1,8%, de 1,78% na semana anterior, enquanto para 2025 seguiu em 2%.

Nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária do BC se reuniu para discutir uma nova decisão sobre a Selic. O Comitê decidiu pelo sexto corte seguido de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, ficando em 10,75% ao ano. Contudo, a autoridade monetária já indicou o fim do ciclo de cortes em junho.

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