Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Por Cláudio Humberto | 17 de fevereiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não é dos melhores o clima entre o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) e o colega Rui Costa (Casa Civil), em queda de braço pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que Lewandowski preparou sobre a segurança pública. A PEC, que o governo tenta vender como “SUS da Segurança”, é rejeitada por Costa, que recebeu a proposta e tacou logo no fundo da gaveta. O Planalto tem pressa para aprovar o projeto. Aposta que pode servir de bandeira eleitoral para Lula em 2026.
Oposição com razão
Costa, ex-governador da Bahia, rejeita o texto e endossa as críticas da oposição, que vê na PEC retirada de autonomia das polícias estaduais.
Lenga-lenga
A PEC está na gaveta de Costa há oito meses, mas Lewandowski não critica o colega publicamente, fala em “viabilidade política”.
Filme queimado
Criticado após vergonhosa atuação na fuga de bandidões do presídio federal de Mossoró (RN), Lewandowski quer limpar a barra com a PEC.
Texto rejeitado
Parlamentares ouvidos pela coluna, como o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) reforçam temor do governo: como está, a PEC não passa.
Lula não tem moral para falar de ‘culpa’, diz deputado
Para o deputado Alberto Neto (PL-AM), “Lula não tem moral alguma para falar de ‘culpa’ ou ‘devido processo legal’”. O parlamentar respondeu ao comentário do presidente petista de que o projeto da anistia ao 8 de janeiro seria uma suposta admissão de culpa. “[A anisita] é competência do Congresso, cabe a deputados e senadores. Nós vamos lutar pela anistia independente da culpa”. Neto lembrou: Lula “foi condenado em três instâncias e por uma canetada acabou ‘inocentado’, candidato”.
Desproporção
“O STF pesou a mão. Fez uma desproporcionalidade na pena”, apontou o deputado do Amazonas ao podcast Diário do Poder.
Ruim para a democracia
“O Congresso não pode se ajoelhar perante o STF. Nisso quem fica prejudicado é o Brasil, é a democracia brasileira”, afirmou o deputado.
Anistia equilibra
“Com o projeto da anistia, o Congresso vai dar uma resposta para [o clamor pela] volta da harmonia entre os Poderes”, disse Alberto Neto.
Cabelo em ovo
Atônito com o Datafolha, o ministro Paulo Texeira (Desenvolvimento Agrário), um que pouco faz de positivo pelo governo, atribui a rejeição a Lula à tentativa petista de bisbilhotar o Pix e à inflação de alimentos.
Festa em velório
Autoridades foram intimadas a fazer número no aniversário de 45 anos do PT, no Rio, dias 21 e 22. O partido tenta criar clima de festa em pleno velório, após a pesquisa Datafolha devastadora sobre o declínio de Lula.
Policiais em alerta
O governador Ibaneis Rocha (MDB) envia nesta segunda (17) pedido ao governo federal para reajustar o salário das forças de segurança do DF. Também solicitará equiparação salarial entre as polícias Civil e Federal.
Traição denunciada
Depois do “janjômetro”, para mostrar a gastança da primeira-dama, o deputado Guto Zacarias (União-SP) lançou o “cornômetro”. O site vai “expor a infidelidade de Lula ao Brasil”, explica o parlamentar.
Fim da malandragem
Rodrigo Valadares (União-SE) quer acabar com a malandragem de sindicatos que inventam tudo para garfar o imposto sindical. Proposta do deputado autoriza pedido para o rejeitar o afano até via e-mail.
Pé no freio
Por ora, esfriaram as negociações de incorporação do PSDB. As tratativas estavam aceleradas com o PSD e com o MDB, mas questões regionais travaram tudo. A ideia era resolver até março, mas vai atrasar.
Nota fúnebre
O ministro Dias Toffoli (STF) livrou mais um parlamentar fisgado no combate à corrupção da Lava Jato. Desta vez foi o deputado Paulinho da Força, acusado de caixa 2. Toffoli encerrou a investigação.
Pagando geral
Americanos se perguntam agora, após descobertas de Elon Musk sobre os bilhões da Usaid mundo afora, por que tiraram R$105 milhões dos seus bolsos para “promover inclusão” no Vietnã, seja lá o que isso for.
Pensando bem…
…sem Orçamento, o governo para. Bom ou ruim?
PODER SEM PUDOR
Acabou na penitenciária
Coronel Jardim, ex-prefeito de Diamantina (MG), adorava contar a conversas que teve certa vez com um fazendeiro local: “Sabe daquele menino, o Juscelino?” Obteve a resposta: “Você não sabe? Foi nomeado prefeito da capital.” E o coronel continuava exercitando a memória: “Que bom! E o menino Odilon (Behrens)?” Foi informado de que virou médico e dono de hospital. O fazendeiro perguntou pelo terceiro dos amigos de infância de Diamantina. “E aquele baixinho, com nome de turco?” O prefeito adivinhou: “O Alkmin? Está na penitenciária de Neves.” Ele não se surpreendeu: “Eu bem que sabia. Nunca gostei do jeito dele…”
Coronel Jardim deu uma gargalhada. José Maria Alkmin era diretor da penitenciária.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Instagram: @diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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