Domingo, 05 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2022
Esta oferta ocorrerá de forma temporária, até junho de 2023
Foto: ReproduçãoO Ministério da Saúde definiu ampliar a oferta de duas vacinas no Brasil. Adolescentes (meninos e meninas), entre 11 e 14 anos, que ainda não receberam a vacina meningocócica ACWY (conjugada) têm recomendação de serem imunizados.
Esta oferta ocorrerá de forma temporária, até junho de 2023. Já os meninos e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos foram incluídos no calendário oficial permanente da vacina contra o HPV – o papilomavírus humano. As meninas e adolescentes de 9 a 14 já estão no calendário oficial do PNI (Programa Nacional de Imunizações) contra o HPV.
A definição foi anunciada em nota técnica, vale a partir deste mês e tem por objetivo aumentar a cobertura vacinal e garantir maior proteção contra as doenças.
Meningite
A vacina meningocócica ACWY (Conjugada) foi implantada na rotina de vacinação dos adolescentes em 2020. Esta vacina encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde, tendo como indicação administrar uma dose ou um reforço, conforme situação vacinal, para adolescentes de 11 e 12 anos de idade. Assim, até junho a indicação é ampliar para aqueles com 13 ou 14 anos e atualizar o esquema vacinal dos adolescentes com 11 ou 12 anos – meninos e meninas.
A decisão de ampliar temporariamente o público para imunização decorre do fato de adolescentes e adultos jovens serem os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença no país, em função de elevadas taxas de estado de portador do meningococo em nasofaringe.
Com a extensão do público, o Ministério da Saúde pretende, com a administração de doses de reforço das vacinas meningocócicas conjugadas na adolescência, garantir a proteção nessa fase da vida.
Na mesma nota técnica, o MS anunciou a inclusão dos meninos e adolescentes de 9 e 10 anos no público apto a receber a vacina contra o HPV. Este imunobiológico foi incorporado de forma escalonada ao SUS (Sistema Único de Saúde) em 2014.
Atualmente, é aplicada em meninas e adolescentes do sexo feminino, entre nove e menores de 15 anos, meninos e adolescentes dos sexo masculino entre 11 e menores de 15 anos e para grupos com condições clínicas especiais até os 45 anos (vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos).
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 630 milhões de homens e mulheres (1:10 pessoas) estão infectadas pelo HPV (Papilomavírus humano) no mundo. Para o Brasil, estima-se que haja, aproximadamente, 9 a 10 milhões de infectados por este vírus e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam.
Cerca de 105 milhões de pessoas são positivas para o HPV 16 ou 18 no mundo. É a mais frequente IST (infecção sexualmente transmissível) na mulher e no homem. A maioria das pessoas será, provavelmente, infectada por pelo menos um dos diversos tipos de HPV ao longo de sua vida.
A vacinação contra o HPV em adolescentes é utilizada por mais de 100 países em seus programas nacionais de vacinação e vários deles já possuem estudos de impacto desta estratégia com resultados positivos no que diz respeito à prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus HPV (câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe e verrugas genitais).
Ambas as vacinas estão disponíveis em unidades de saúde da Secretaria Municipal de Saúde, com atendimento de acordo com o horário de funcionamento.