O Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue. O lançamento ocorreu nesta quinta-feira (12) com o objetivo de conscientizar os gestores estaduais e municipais de saúde e toda a sociedade sobre a importância de se organizarem antes da chegada do período de chuvas. Geralmente, as campanhas ocorriam a partir do mês de novembro. Com o slogan “E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você”, a campanha reforça a necessidade de cada pessoa tomar a iniciativa de proteger sua casa, seus familiares e seu bairro contra o mosquito responsável por três doenças: dengue, zika e chikungunya.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o papel da sociedade é fundamental no combate ao Aedes. “Ele [mosquito] fica sempre atrás do ser humano, que é fonte única de alimentação dele”, diz. O mosquito consegue se distanciar apenas 50 metros do local onde nasce. Por isso, os ovos são colocados perto de casas e de outros locais onde haja presença de seres humanos.
Prevenção
De acordo com o Ministério, durante o período de seca, a população pode realizar ações de prevenção: basta tirar 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa, por exemplo. Uma vez por semana, lavar com água, sabão e esfregar com escova os pequenos depósitos móveis, como vasilha de água do animal de estimação e vasos de plantas.
Além disso, é preciso descartar o lixo em local adequado, não acumular no quintal ou jogar em praças e terrenos baldios. Limpar as calhas, retirando as folhas que se acumularam no inverno, também é importante para evitar pequenas poças de água.
Dados de 2019
Até o dia 24 de agosto deste ano, foram registrados 1.439.471 casos de dengue em todo o país, com crescimento de 599,5% em relação ao mesmo período de 2018 (205.791). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os estados com casos, destacam-se Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Com relação ao número de óbitos, foram confirmadas 591 mortes.
Os casos da febre chikungunya chegaram a 110.627 em relação ao mesmo período do ano passado, quando apenas 76.742 tinham sido registrados. Ou seja, este ano teve 44,2% de aumento da doença. Já os casos de zika apresentaram aumento de 47,1%, este ano, quando foram registrados 9.813 casos, enquanto em 2018 foram 6.669. Os dados representam uma taxa de incidência de 4,7 casos a cada 100 mil habitantes.
Veja o vídeo da campanha: