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Ministério da Saúde avalia reclassificar a covid no Brasil para endemia

As declarações foram dadas pelo ministro Marcelo Queiroga nesta terça-feira (22). (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Ministério da Saúde estuda deixar de classificar a covid-19 como uma pandemia para tratá-la como endemia. Os critérios para esse rebaixamento, no entanto, ainda não estão fechados. Por isso, não há previsão de data até o momento para a medida entrar em vigor. As declarações foram dadas pelo ministro Marcelo Queiroga nesta terça-feira (22).

Para o cardiologista, a mudança deve atender ao cenário epidemiológico, que deve ser analisado. A avaliação vem um dia após o Reino Unido anunciar o fim de todas as restrições sanitárias contra o coronavírus. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a considerar a covid-19 uma doença pandêmica.

“Isso depende do cenário epidemiológico. Nós já assistimos a alguns países fazendo isso. É uma tendência no mundo e o Brasil já estuda esse tipo de iniciativa”, afirmou em conversa com jornalistas.

Endemia é uma doença frequente em determinada região, mas não há aumento significativo de casos e, por isso, a população convive com a enfermidade. Pode ou não ser sazonal, isto é, quando se torna mais frequente em certas épocas do ano. É o caso da gripe, que gera mais infecções durante o inverno no Brasil.

Já a pandemia se refere ao espalhamento de uma doença, de forma descontrolada, pelo mundo. Não engloba critérios de gravidade, mas de extensão geográfica. Assim como a covid-19 é hoje, a gripe suína já foi considerada uma pandemia de 2009 a 2010.

Nesse cenário, Queiroga pondera que a mudança pode impactar em questões como a autorização emergencial para vacinas – caso da CoronaVac e da Janssen – e medicamentos contra a covid-19.

“Naturalmente, tem o aspecto formal de uma portaria do Ministério da Saúde, de um decreto do presidente… Mas precisa ser analisado o impacto regulatório como um todo.”

Novos casos

O Brasil registrou 105.776 novos casos de covid-19 nesta terça-feira, chegando a um total de 28.351.327 infecções, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Também foram contabilizadas mais 816 mortes pela doença, elevando o total de óbitos provocados pela covid-19 no país para 645.420.

A nova onda da pandemia no Brasil deve-se à expansão da variante Ômicron, mas o avanço da vacinação e a aparente menor letalidade da Ômicron têm mantido o número de óbitos em patamares inferiores em relação ao pico da pandemia, quando o Brasil registrou mais de 3.000 mortes por dia. As informações são do jornal O Globo e da agência de notícias Reuters.

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