Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2022
A OMS decretou, neste sábado, estado de emergência de saúde global para a monkeypox
Foto: ReproduçãoO Brasil está preparado para enfrentar a varíola dos macacos (monkeypox) e articula com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a compra de vacinas para combater a doença, disse o Ministério da Saúde neste sábado (23). A informação foi divulgada pela pasta poucas horas depois de Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, ter decretado estado de emergência de saúde global em resposta ao aumento de casos da patologia.
“O Ministério da Saúde também tem articulado com a OMS as tratativas para aquisição da vacina varíola dos macacos, de forma que o PNI [Programa Nacional de Imunizações] possa definir a estratégia de imunização para o Brasil”, informou a pasta por meio de nota. “Com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, o Brasil está preparado para enfrentar a varíola dos macacos”, completou o comunicado.
O ministério informou também que há testes disponíveis para todas as pessoas que suspeitam estar contaminadas, e que realiza um monitoramento diário sobre a situação da doença no Brasil. Segundo os dados da pasta, divulgados na última sexta-feira (22), a varíola infectou 696 pessoas no País, e outros 336 casos suspeitos estão em investigação.
Na última sexta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos declarou que vai usar a vacina da varíola para imunizar as pessoas contra a varíola dos macacos. A decisão de usar o fármaco foi justificada pela semelhança entre os vírus.
Embora a varíola dos macacos tenha se estabelecido em partes da África central e ocidental por décadas, a doença não era conhecida por desencadear grandes surtos fora do continente africano. Mas em maio deste ano, países da Europa e América do Norte começaram a registrar um aumento de pessoas infectadas.
O crescimento acelerado de contaminados levou a OMS a tomar a decisão de declarar a varíola dos macacos uma emergência de saúde global nesta sábado. A declaração de emergência serve para atrair mais recursos globais e aumentar a atenção para o surto, que exige uma resposta global coordenada entre as nações para impedir que a doença se espalhe para mais países.