Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2020
Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 foi enviado ao STF
Foto: Rodrigo Nunes/MSO Ministério da Saúde divulgou uma nota neste domingo (13) na qual afirma que os pesquisadores que tiveram os seus nomes citados no plano nacional de vacinação contra a Covid-19 foram convidados a participar, mas “sem poder de decisão na formalização do plano”.
Trinta e seis pesquisadores divulgaram no sábado (12) uma nota conjunta na qual dizem não terem sido consultados sobre o plano, mas são listados como colaboradores. Os pesquisadores afirmaram que o material não foi apresentado previamente e não obteve a anuência dos integrantes do grupo.
Segundo o ministério, os profissionais citados no documento são técnicos convidados, “envolvidos de alguma forma, técnica e cientificamente, com alguns dos eixos de discussão do plano de vacinação”. “Vale destacar que os convidados especiais foram indicados para participarem de debates, com cunho opinativo e sem qualquer poder de decisão”, afirmou a pasta.
Os cientistas relatam que haviam solicitado uma reunião sobre o plano e manifestado preocupação pela retirada do planejamento “de grupos prioritários” e pela “não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes”.
O grupo de pesquisadores reiterou, também no sábado, recomendação técnica para que todas as populações vulneráveis, inclusive a carcerária, sejam inseridas na prioridade de vacinação, além da ampliação dos grupos prioritários de forma a abranger todos os trabalhadores de educação e de áreas essenciais.
A pasta afirmou que os grupos prioritários previstos no plano representam a população mais vulnerável. “Todos os demais poderão ser imunizados após imunização dos grupos especificados como prioritários, que merecem maior atenção diante da maior vulnerabilidade à doença e suas consequências, inclusive de morte”, disse o ministério.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, assinado pelo Ministério da Saúde, foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
O material prevê a disponibilização de 108,3 milhões de doses para mais de 51 milhões de pessoas de grupos prioritários, divididos em quatro fases. O documento, entretanto, não apresenta uma data para o início da vacinação dos integrantes desses grupos, que incluem profissionais de saúde e idosos, entre outros.