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Ministério da Saúde diz que vai acelerar recrutamento de médicos para atender indígenas

A crise Yanomami não é de hoje, mas não faltam evidências de que o último governo agravou substancialmente o problema. (Foto: Condisi-YY/Divulgação)

O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (22) que, por causa da falta de assistência sanitária à população do território Yanomami, em Roraima, estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos distritos sanitários indígenas.

Segundo a pasta, devem ser recrutados médicos formados no Brasil e no exterior. A atuação desses profissionais seria de maneira permanente, inclusive no território Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado por problemas de saúde, conforme o Ministério dos Povos Indígenas.

“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explicou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.

A medida é uma das ações da Sala de Situação, criada na sexta-feira (20) para apoiar ações de enfrentamento à desassistência dos indígenas que vivem no território Yanomami. Em visita a Boa Vista (RR) no sábado (21), o presidente Lula afirmou que a situação dos Yanomami é desumana.

No território indígena, há crianças e idosos em estado grave, com desnutrição acentuada, além de muitos casos de malária e infecção respiratória aguda.

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